A identificação de áreas onde há flebotomíneos próximos de populações humanas pode ser útil para o controle das leishmanioses, já que poderá direcionar os esforços de combate aos vetores.
Já havia sido demonstrado nas áreas endêmicas de leishmaniose que a manutenção de galinhas no peri-domicílio representam um fator de risco para a leishmaniose humana. Embora não sejam susceptíveis à leishmaniose, as galinhas são fonte de alimentação para os flebótomos. O que foi testado pelo grupo do LIP-LIMI foi a possibilidade que a presença de anticorpos contra saliva de flebótomos no sangue de galinhas pudesse servir de indicador da presença de flebótomos no peri-domicílio humano. O estudo demonstra que a presença de IgY (o isótipo de imunoglobulina de galinhas equivalente à IgG de mamíferos) anti-saliva se correlaciona com a presença de flebótomos na área, o que reforça a hipótese do estudo.
Um segundo desafio é saber como obter proteinas de saliva de flebótomo suficiente para testar as numerosas galinhas presentes em diferentes pontos das áreas endêmicas para a leishmaniose. Difícil imaginar tanta gente dissecando glândula salivar de flebótomos para permitir a realização do teste em grande escala. A boa notícia é que proteíans recombinantes têm um bom desempenho para detectar as IgY anti-saliva (veja a figura abaixo).
Para maiores detalhes, leia o artigo completo disponível sem custo (aqui).
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