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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Já é Carnaval

"Já é carnaval cidade
Acorda pra ver
A chuva passou cidade,
o sol brilhaê"

Acorda Cidade de Gerônimo


sábado, 13 de fevereiro de 2010

Pausa de Carnaval


Após 4a-f (10/02) este blog entrará em recesso carnavalesco. Para evitar a síndrome de abstinência dos fieis seguidores (na verdade, o pessoal do laboratório vai relaxar sem ler o blog), reproduzi alguns dos posts do ano passado sobre temas relacionados ao Carnaval (consumo de álcool e ressaca, principalmente).
Seguem alguns sites úteis para o carnaval de Salvador-Bahia:
Programação Oficial do Carnaval de Salvador;
Carnaval ao vivo (internet), mas é melhor ver o ensino presencial;
Uma novidade interessante é a possibilidade de saber a localização de cada bloco em tempo real, já que os blocos serão monitorados por gps.



Prestou atenção que o texto do site do Portal do Carnaval fala em três maneiras de localizar o seu bloco mas só lista duas? Entendeu?
Óbvio, a terceira maneira deve ser: estar no bloco.


Want a site in English?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ressaca IV Servare atque curare


Este post foi originalmente publicado em 20.fev.2009 no antigo site do LIMI e LIP.

Último post sobre o tema antes do carnaval (no caso da Bahia em pleno carnaval). As bases imunológicasextra-imunológicas e os outros fatores além do álcool envolvidos na ressaca já foram discutidos. Este post é compilação de recomendações com algum bom senso para prevenir e curar (Servare atque curare) a ressaca. Nenhuma delas tem embasamento científico seguro:

Prevenir:
• Alimentar-se adequadamente antes de beber;
• Ingerir alimentos gordurosos;
• Ingerir bebida de qualidade;
• Bom senso na quantidade e no ritmo de ingestão;
• Ingerir água e/ou sucos juntamente com a bebida alcóolica (o gosto não é tão bom, mas é necessário algum sacrifício);
• Aspirina e outras antiinflamatórios não esteróides antes de dormir reduzem a  dor de cabeça e dores musculares - mas podem fazer muito mal ao estômago. Melhor evitar! Pelo anúncio de Cafiaspirina acima se vê que a aspirina é usada há longo tempo;
• Acetaminofen irrita menos o estômago, mas NÃO deve ser ingerido na ressaca porque o metabolismo do álcool aumenta a toxicidade hepática do acetaminofen;
• Ingerir MUITA água antes de dormir;
• Durma bem e bastante tempo;
• Não tenha sentimento de culpa por ter bebido.

Curar:
• Paciência. Tempo é o único remédio garantido, os sintomas duram de 8 a 24 horas, após o que a vida retorna ao normal e é só esperar esquecer as promessas vãs (Não bebo mais!);
• Consuma suco de frutas contendo frutose além de comidas brandas contendo carbohidratos complexos (torradas e crackers). Elas ajudam a corrigir a hipoglicemia e melhorar a náusea;
• Antiácidos para melhorar a gastrite e a náusea;
• Propanolol, um beta-bloqueador usado para hipertensão e enxaqueca tem sido recomendado por reduzir a reatividade simpática, mas não há evidência para suportar esta recomendação;
• Antagonistas do receptor da serotonina (como ondansetron ou tropisetron) como anti-eméticos poderiam controlar náusea e vômito, mas um ensaio clínico realizado não demonstrou sua eficácia na ressaca alcóolica;
• Cafeína também não tem embasamento demonstrado mas a ingestão de café para combater a fadiga é uma das mais antigas recomendações contra ressaca. Cuidado com o estômago!
• Vitaminas, especialmente a B6, parece ter um efeito placebo bom. Pode tentar.
• Voltar a ingerir álcool. Esta recomendação parece recuperar muitos sintomas, lembre que a ressaca começa quando o nível alcóolico sangüíneo é zero. Provavelmente você está apenas adiando a ressaca.  Além do mais, com esta medida você não para mais de beber e muda o seu problema de ressaca para alcoolismo. 

Contribua com as suas receitas, crenças, benzedeiras.....
blog vai entrar em recesso, visando testar algumas das recomendações acima.
Ilustração.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Preparando para o carnaval II


Está bem, o Parangolé do Preparando para o Carnaval I pegou pesado. Vamos preparar para um carnaval mais clássico.

Que tal o Carnaval Romano de Berlioz?


Pode ser também o Carnaval de Veneza de Paganini, sempre mais animado.



Já que estamos no carnaval de Veneza, veja o site (oficial) do carnaval de lá em 2009.


Ainda deve dar tempo de conseguir uma passagem para Veneza, se você não gostou do Parangolé.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

LIP se preparando para o bloco da camisinha

Ressaca III Personalidade para beber




Publicado originalmente em 15.fev.2009 no antigo site do LIMI e LIP 
(feitas pequenas alterações).
Além dos efeitos do álcool, outros fatores influenciam na ressaca. Outros produtos, além do álcool, presentes nas bebidas alcóolicas, designados como congêneres, contribuem para o cheiro e a cor das bebidas.  Há uma relação clara entre a concentração de congêneres nas bebidas e gravidade da ressaca.  O etanol diluído em suco de laranja praticamente não causa ressaca. Daí em diante quanto mais complexas as bebidas, maior o risco da ressaca. Os campeões dos congêneres (e da ressaca) são o whisky, o vinho tinto e o conhaque (claro, os melhores!).  Esta informação deve ser usada judiciosamente. Nem lhe passe pela cabeça trocar o conhaque por suco de laranja com álcool.  Melhor ter ressaca que perder o juízo. As bebidas de baixa qualidade possuem congêneres em quantidade elevada. Assim, evite bebida de baixa qualidade mas não comprometa a sua escolha por bebidas mais complexas. O prazer de tomar um bom conhaque é sublime Aliás, se o conhaque for bom mesmo, o preço impedirá que se beba o suficiente para dar ressaca.
O mais perigoso congênere é o metanol. Ela é similar ao etanol e também metabolizado por ADH e ALDH (veja Ressaca II) porém produz formaldeído e ácido fórmico como produtos intermediários. Estes produtos são bastante tóxicos. Há afirmações que ADH e ALDH teriam maior afinidade pelo etanol que pelo metanol. Assim, a metabolização do metanol se iniciaria após a do etanol. Isto explicaria porque a ressaca se inicia quando não há mais etanol circulante.  Explicaria, ainda, porque o álcool de manhã seguinte reduz a ressaca, pois desvia de novo a ação das enzimas para o etanol, inibindo a produção dos produtos tóxicos do metanol.
Outro fator importante é a duração e qualidade do sono. A ressaca aparece com maior intensidade quando o sono é pouco e superficial. O cansaço prévio à noite perdida também é importante. Além de outras drogas consumidas, como o cigarro.
Entre os aspectos curiosos está a relação entre a ressaca e traços da personalidade.  Características como neurose, raiva e atitude defensiva são correlacionados com maior freqüência de ressaca. Eventos negativos de ocorrência recente e sentimento de culpa sobre a bebida também se associam com maior risco de ressaca.
Por isto, beba pouco para evitar a ressaca. Se você não pode beber uma bebida de melhor qualidade e não quer ter ressaca, pelo menos durma bem e sem sentimento de culpa.
Ilustração.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ressaca II, extra immunologiam


Este post foi originalmente publicado em 14.fev.2009 no antigo site do LIMI e LIP.

A patogenia da ressaca não é bem conhecida. O envolvimento do sistema imune já foi discutido neste blog. Como salientado naquele post, há diversas limitações metodológicas para esta investigação. 
Um aspecto importante resulta do metabolismo do etanol.


A álcool desidrogenase (ADH) transforma o álcool em acetaldeído. O acetaldeído é bastante tóxico e precisa ser transformado em acetato pela aldeído desidrogenase (ALDH). Em concentração elevada o acetaldeído tem efeitos muito parecidos aos da ressaca. O problema para explicar a ressaca pela concentração de acetaldeído é que a ressaca acontece quando não há mais álcool na circulação, e assim sem acetaldeído livre.
A verdade é que sabemos muito pouco. Apesar disto afirma-se que:
A fadiga se explica pelas alterações do metabolismo hepático levando a hipoglicemia. Por isto são recomendados bebidas e alimentos doces.
A falta de apetite se deve aos agravos estomacais e gastrintestinais. Daí advém o conselho para ingerir alimentos gordurosos antes ou durante a bebida. Além de proteger o estômago, a lípida tornaria mais lenta a absorção alcóolica. Tenho colegas que quando jovens tomavam duas colheres de azeite doce (de oliva) antes de sair para a noite. Eu nunca testei.
A sensação terrível de sede, resultante de desidratação, é explicada pela ação anti-diurética do álcool. Sob efeito do álcool, eliminamos mais líquidos que ingerimos. A ingestão de 50 mL de álcool mesmo diluídos em mais 200 ml, ou seja num total de 250 mL, leva a uma perda de 600 a 1.000 mL. 
É possível calcular quantas gramas de etanol uma bebida possui. Para isso basta multiplicar o volume de álcool etílico indicado pela graduação da bebida pela densidade do etanol (aproximadamente 0,8 g/cm³) (19). Assim, 1L de cerveja a 6% (60 mL de álcool etílico) possui 48 gramas de etanol (60 mL x 0,8 g/cm³). Por outro lado, 1L de vodka a 40% (400 ml de álcool etílico) possui 320 gramas de etanol (400 ml x 0,8 g/cm³). Por isto mesmo, a dose usual de destilados é de 50 mL 
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o consumo aceitável de álcool é de até 15 doses/semana para homens e 10 doses/semana para mulheres, sendo que uma dose contém de 8 a 13 gramas de etanol. Os homens não devem ultrapassar o consumo de três doses diárias de álcool e as mulheres, duas doses diárias. No caso da ressaca, o problema é ingerir as suas 15 doses da semana em uma noite. 
E a dor de cabeça? É possível que e a desidratação esteja envolvida. Não há nada comprovado. De todo modo, beber água é recomendável.
As citocinas podem estar envolvidas em todo o processo. É possível que seja a base da antiga recomendação da aspirina para a ressaca.
Voltamos à idéia do projeto. Será que um anti-inflamatório seria a panacéia para a ressaca?

Este post tem a contribuição de Antonio Reis Filho e Bruno Andrade. Esclareço, contribuição profissional, pois num projeto em que estão envolvidos precisam aferir o consumo de álcool pelos voluntários.
Muitas informações foram obtidas do artigo Alcohol Hangover Mechanisms and Mediators, de Robert Swift, & Dena Davidson na Alcohol Health & Research World: 22,:54-60, 1998.


Ilustração.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Imunologia da ressaca

ResearchBlogging.org
Originalmente publicado em 10.fev.2009 no antigo site do LIMI-LIP.
Este post é uma contribuição para os preparativos do carnaval. Praticamente todo mundo já sofreu com ressaca. O conjunto de sintomas e promessas (Nunca mais beberei!) são muito conhecidos. O consumo excessivo do álcool (acima de 1.0 g/kg de peso) leva a uma sensação de miserabilidade composta de tontura, fraqueza, boca seca, enjôo, sudorese, náusea, hiperexcitabilidade, ansiedade, problemas de concentração etc. 
Cientificamente, esta constelação pode ser tabulada:

Há vários problemas metodológicos na pesquisa sobre os efeitos do álcool, um deles é o fato de ser muito difícil o uso do placebo. O estudo acima é um dos poucos com controle por placebo, mas mesmo assim há críticas sobre como usar o placebo. Não, não é porque todos querem ficar no grupo experimental. É difícil um estudo controlado por placebo pela dificuldade de fazer um placebo tão bom quanto o álcool. Se o tempo e a sobriedade permitirem discutiremos a história da produção de álcool por todas as culturas desenvolvidas em outro post.
Apesar das dificuldades de avaliação, são considerados efeitos diretos do álcool:
• Desidratação
• Desequilíbrio eletrolítico
• Distúrbio gastro-intestinais
• Hipoglicemia
• Distúrbio do sono e do ritmo biológico.
Entre as dificuldades de explicação dos efeitos do álcool está a observação de que a ressaca só ocorre quando a concentração de álcool no sangue voltou a zero. Assim, a ressaca ocorre DEPOIS que o álcool e seus metabólitos foram eliminados do organismo.
É predominante a idéia que a desidratação é a principal causa dos sintomas da ressaca. Esta crença não é cientificamente provada. Na verdade há poucos estudos sobre as alterações biológicas e eles mostram efeitos endócrinos e acidose metabólica provavelmente ligados à desidratação (e à sensação de boca seca e sede). 
O que é muito menos conhecido é a alteração do sistema imune. Há uma interessante revisão recente sobre o assunto que analisa diversos aspectos. 
A ressaca está relacionada com aumento de IL-12 e de IFN-gama. É provável que os efeitos de comprometimento da memória e alterações do humor estejam ligados a este aumento de citocinas pró-inflamatórias. 
A liberação periférica de citocinas leva à produção de citocinas no sistema nervoso central e a glia e os neurônios possuem diversos receptores de citocinas, especialmente no hipocampo (relacionado com a memória).
Os efeitos das citocinas são semelhantes aos sintomas centrais da ressaca. Há muito se sabe que citocinas como IL-1, IL-6 e TNF-alfa são responsáveis pela constelação de sintomas de doenças (fraqueza, perda de apetite, hipoatividade, sonolência e dificuldade de concentração).
Parodiando São Cipriano: Extra immunologiam nulla salus.
Estes estudos levam a pensar que a inibição da produção de citocinas pró-inflamatórias pode funcionar como tratamento para a ressaca. Isto não foi testado (ou pelo menos não foi publicado). No campo das substâncias contra ressaca há também muito pouca evidência científica.
Se alguém for planejar um ensaio clínico para testar drogas inibidoras de citocinas pró-inflamatórias na ressaca terá um boa chance no carnaval. A disponibilidade de casos será grande. Por outro lado, há diversos cuidados éticos e metodológicos a enfrentar.
Se não for fazer o estudo, melhor também não servir de voluntário, ressaca não é nada agradável.
A foto da criança com cara de ressaca é encontrada em muitos sítios da internet e muito difícil de determinar a fonte primária.

Verster, J. (2008). The alcohol hangover-a puzzling phenomenon Alcohol and Alcoholism, 43 (2), 124-126 DOI: 10.1093/alcalc/agm163

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Preparando para o carnaval

O blog entrará em recesso no carnaval, mas ainda teremos alguns posts sérios antes disto. Haverá, também, neste período pré-carnaval, alguns posts menos sérios.
Para todos entrarem no clima carnavalesco, que acadêmicos para tudo se preparam, segue o vídeo do Rebolation, do Parangolé. Atenção que o vídeo é oficial e completo (não aceite imitações).



Para quem não consegue decorar rápido, segue a letra:

"Rebolation é bom, bom Rebolation é bom, bom, bom (7x)
Bota a mão na cabeça que vai começar
O Rebolation, tion o rebolation, o rebolation, tion, rebolation
O Rebolation, tion o rebolation, o rebolation, tion, rebolation
Alo minha galera preste atenção Rebolation é a nova sensação
Menino e menina não fiquem de fora que vai começar o pancadão
O suingue é bom gostoso de mais
Mulheres na frente os homens atrás
Mão na cabeça que vai começar
...
Rebolation é bom, bom. Se você fizer fica melhor (2x)
...
Rebolation é bom, bom Rebolation é bom, bom, bom (4x)
...
Rebolation é bom, bom Rebolation é bom, bom, bom
Rebolation é bom, bom. Se você fizer fica melhor (2x)
...
Rebolation é bom, bom Rebolation é bom, bom, bom
Rebolation é bom, bom Rebolation é bom, bom, bom
O Rebolation é bom..." (veja a letra completa).
Prestenção que o difícil refrão (Rebolation é bom, bom; Rebolation é bom, bom, bom) deve ser repetido 7 vezes no início da música e somente 4 vezes na parte intermediária. Já o "Rebolation é bom, bom. Se você fizer fica melhor" é sempre repetido duas vezes. Você tinha notado isto no filme? Se não, reveja e veja confira se o cantor seguiu as instruções corretamente.
Agora que sabe a letra, ainda precisa aprender a dançar. Imagino que muitos aprenderão sem problemas, mas alguns precisarão de um POP (tutorial). Claro que há um Tutorial de Rebolation no YouTube. Ou melhor, vários. Porém não consegui achar um pelo menos razoável com o Rebolation do Parangolé. Há vários tutoriais bizarros de um outro rebolation (provavelmente alguém mais novo explicará o porque num comentário, ainda que anônimo).
Como não achei o official Parangole's tutorial, coloco um bizarro filme do outro parangolé só para ver se alguém é capaz de explicar como um filme tão estranho é visto mais de 3,5 milhões vezes.