sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Verba extra para educação. Boa notícia vinda do Senado

Post de Sérgio Arruda

DE REPENTE UMA BOA NOTÍCIA VINDA DO SENADO. APROVADA UMA VERBA EXTRA DE ALGUNS BILHÕES PARA O MEC.

A foto é uma homenagem a Fernando Haddad pelo excelente trabalho em prol da educação no Brasil. Não é possível saber quanto o ministro trabalhou para essa aprovação, mas possivelmente ele empenhou muito esforço para essa aprovação. Veja o CV do Ministro.

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA – Folha de São Paulo

A pré-escola e o ensino médio serão obrigatórios no Brasil a partir de 2016, de acordo com uma proposta de emenda constitucional aprovada ontem pelo Senado que também irá aumentar, já no próximo ano, em R$ 7 bilhões os recursos destinados à educação.
A emenda exclui a educação da DRU (Desvinculação de Receitas da União), um mecanismo criado em 1994, e mantido pelos governos de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva, que permite ao governo gastar em outras áreas 20% do que deveria, pela Constituição, destinar ao setor.
O texto fixa uma extinção gradual. Em 2010, a DRU cai para 5% e acaba em 2011.
O valor adicional que será aportado ao Ministério da Educação equivale a 17% do orçamento atual da pasta. Segundo a proposta que foi aprovada ontem -e que agora só resta ser promulgada pelas Mesas Diretoras da Câmara e do Senado para entrar em vigor-, esses recursos deverão ser utilizados pela União prioritariamente para ajudar a promover a ampliação das matrículas, que ficará a cargo principalmente de governos estaduais e municipais.
Atualmente, a Constituição estabelece que o ensino é obrigatório para crianças entre 6 e 14 anos, o que abrange apenas a etapa fundamental (da 1ª a 9ª séries). Com a mudança, a obrigatoriedade passa a ser de 4 a 17 anos, o que a estenderia à pré-escola e ao ensino médio.
Já a partir de 2010, os Estados terão que oferecer o ensino médio público a todos os alunos que estiverem interessados em cursá-lo. Mas a obrigatoriedade introduzida pela nova lei, no entanto, diz respeito apenas ao poder público. O estudante continua podendo escolher se vai fazer ou não o ensino médio. Isso, porém, mudará a partir de 2016 -quando o poder público e os pais poderão ser responsabilizados civil e criminalmente pelos que estiverem fora da escola.
A tarefa mais difícil será a inclusão de crianças de quatro e cinco anos, atribuição dos municípios, já que cerca de 30% delas estão fora da pré-escola. Já de 15 a 17 anos, 14% não estudam. A maioria, em ambas as faixas etárias, está nas famílias mais pobres e que, portanto, dependem da escola pública.
Por isso, o texto estabeleceu o prazo de transição de sete anos para que os sistemas consigam ampliar sua capacidade.
Na OCDE, organização que reúne países desenvolvidos, a idade em que acaba a educação obrigatória da criança varia de 14 anos, caso de Portugal, a 18, como ocorre no Chile, na França, na Alemanha e na Holanda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário