Ontem se completaram 300 anos da concessão da patente do “instrumento para se andar pelo ar”, concedida no dia 19 de abril de 1709, em Lisboa ao padre Bartolomeu Lourenço. A “Passarola” foi representada como uma barca com formato de pássaro.
A primeira patente concedida a um brasileiro havia sido para o próprio Bartolomeu Lourenço de Gusmão para um “invento para fazer subir água a toda a distância e altura que se quiser levar”, expedida em 23 de março de 1707 pelo rei Dom João V.
Bartolomeu Lourenço de Gusmão, nascido em Santos, estudou na Capitania da Bahia, no Seminário de Belém, em Cachoeira, onde fez o seu primeiro invento. O seminário ficava num monte de cerca de 100 metros de altura e Bartolomeu planejou e construiu um maquinismo para levar a água do brejo até o seminário por meio de um cano longo. O invento foi testado com absoluto sucesso.
Terminado o curso no Seminário de Belém em 1699, Bartolomeu transferiu-se para Salvador, a capital do Brasil à época, e ingressou na Companhia de Jesus, de onde saiu antes de se formar jesuíta, em 1701.
Da Wikipedia:
Bartolomeu de Gusmão pede ao Rei de Portugal, D. João V, uma petição de privilégio para o que chamou o seu "instrumento de andar pelo ar". Em 19 Abril de 1709, por Alvará é-lhe concedido esse privilégio. Além do privilégio, D. João V decide passar a financiar o projecto de desenvolvimento e construção do aparelho. Bartolomeu de Gusmão dedica-se então por inteiro ao projecto, que é desenvolvido na Quinta do Duque de Aveiro em S. Sebastião da Pedreira (Lisboa).
Alguns meses depois, em 8 de Agosto de 1709, perante uma importante assistência presente na Sala dos Embaixadores da Casa da Índia que incluía o Rei, a Rainha, o Núncio Apostólico (Cardeal C
onti, mais tarde Papa Inocêncio XIII), bem como outros importantes elementos do Corpo Diplomático e da Corte Portuguesa, Bartolomeu de Gusmão fez voar um balão aquecido a ar, que subiu até ao tecto da sala.Depois da espectacular demonstração, Bartholomeu de Gusmão inicia o desenvolvimento de uma versão tripulada e maior do seu balão. Esse desenvolvimento vem culminar num balão de enormes dimensões baptizado de Passarola. O enorme balão é lançado da Praça de Armas do Castelo de S. Jorge em Lisboa, tripulado provavelmente pelo seu próprio inventor, e faz uma viagem de cerca de 1 Km, vindo aterrar no Terreiro do Paço.
Com a Passarola de sua invenção, Bartolomeu de Gusmão torna-se assim num dos mais importantes pioneiros da aeronáutica mundial, ficando conhecido como "o Padre Voador".”
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