Em tempo de estréia do último capítulo da saga do Harry Potter (Harry Potter e as relíquias da morte, parte 2), vale citar um estudo no British Medical Journal mostrando o efeito dos livros do Potter sobre as crianças.
Gwilym e colaboradores mostraram, há algum tempo atrás, que nas datas de lançamento dos livros do Potter, houve uma redução no número de visitas de crianças à emergência. Neste caso, os autores observaram apenas casos de trauma.
Veja o gráfico acima: ele mostra que as entradas na emergência em junho e julho, entre 2003 e 2005. A barras mostram as entradas regulares. As vassourinhas (estilo Potter) mostram uma redução significativa nas visitas, nos finais de semana em que houve o lançamento dos livros. Importante lembrar que os livros foram lançados no verão europeu, em dias em que o tempo estava bom.
Os autores hipotetizam que há espaço para autores talentosos, bem intencionados quanto à segurança infanto-juvenil. Seus livros de alta qualidade podem, realmente, prevenir acidentes.
A distração do paciente durante procedimentos dolorosos está consagrada. No entanto, a distração por meio dos livros como meio de prevenção de acidentes é novo e sabe-se que o trauma infantil pode ter efeitos sérios na fase adulta. Por outro lado, os autores indagam: este tipo de distração pode levar à obesidade e sedentarismo, por exemplo? Espada de dois gumes essa (estilo Potter, novamente).
Gwilym, S. (2005). Harry Potter casts a spell on accident prone children BMJ, 331 (7531), 1505-1506 DOI: 10.1136/bmj.331.7531.1505
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