Post de Sarah Falcão (LIP-CPqGM/FIOCRUZ)
Três tipos de DCs foram descritas no pulmão: plasmocitóides e DCs migratórias, CD103+ ou CD11bhi. A célula dendrítica CD103+ pode apresentar antígenos no MHC classe I, de forma cruzada, enquanto que a DC CD11bhi apresenta via MHC classe II. Além disso, sabe-se que DC CD103+ é requerida para induzir a resposta CTL a vírus, contudo, ainda é desconhecido como o vírus é adquirido para apresentação.
DCs podem capturar vírus diretamente ou pela ingestão de células infectadas como células epiteliais que estejam morrendo. Ademais, há evidências indicando que DCs CD103+ da pele capturam células apoptóticas. Entretanto, já foi demonstrado que nem todos os tipos de DCs migram para o LN drenante quando injetadas ,por exemplo, na pele. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar que população de DC migratória é capaz de adquirir células apoptóticas no tecido, para posterior apresentação do antígeno no LN do pulmão (lung-draining LN/LLN). Após injetar timócitos apoptóticos marcados com CFSE, foi observada a presença de DCs migratórias (CD11c+MHCII+) CD103+ expressando CFSE no LN. Portanto, as células apoptóticas foram preferencialmente fagocitadas pelas células DCs CD103+ e estas, em seguida, migraram para o LN. Após injetar células apoptóticas juntamente com beads de látex, foi observado que DCs CD103+ capturam células apoptóticas somente ou células apoptóticas juntamente com as beads, enquanto que as células CD11bhi apenas fagocitaram beads. Posteriormente, os autores decidiram comparar a capacidade de captura de células apoptóticas com DCs CD8+ e, observaram que células DCs CD103+ do pulmão transportam menos células apoptóticas para o LN do que DCs CD8+ no baço. Contudo, entre as DCs presentes no pulmão, as DC CD103+ são especializadas em capturar células apoptóticas e transportar para o LN. Seguindo a mesma estratégia, mas com animal Batf3-/-, que não apresenta DCs CD8+, os autores mostraram que as DCs CD103+ também não estavam presentes e, na sua ausência, não foi detectada a presença de CFSE no linfonodo, indicando que não houve migração de DCs para o LLN. Para identificar que população de linfócitos reconhece os antígenos apresentados pelas DCs CD103+, animais WT ou Batf3-/- receberam células de animais OT-1 e OT-2 (1:1), específicas para OVA marcadas com CFSE. Após 1 dia, timócitos apoptóticos expressando OVA foram injetados. Três dias após, a proliferação desses linfócitos foi avaliada e, no animal WT, observou-se a proliferação de células de camundongo OT-1, que apenas possui linfóticos T CD8. Entretanto, no animal Batf3-/-, não houve proliferação de linfócitos, indicando que células CD103+ apresentam antígenos associados com células apoptóticas que são reconhecidos por linfócitos T CD8. Avaliando a expressão de mRNA nas células CD103+ e CD11bhi, os autores observaram que somente DCs CD103+ apresentavam TLR3. Assim, eles trataram com Poli I:C, um agonista do TLR3 e observaram que a produção de IFN-g aumentou. Assim, neste trabalho, podemos concluir que DCs CD103+ do pulmão preferencialmente migram para o LLN e apresentam antígenos associados às células apoptóticas. Esses antígenos, por sua vez, são reconhecidos por linfócitos T CD8, via MHC classe I. Por fim, DCs CD103+ seletivamente expressam TLR3.
Três tipos de DCs foram descritas no pulmão: plasmocitóides e DCs migratórias, CD103+ ou CD11bhi. A célula dendrítica CD103+ pode apresentar antígenos no MHC classe I, de forma cruzada, enquanto que a DC CD11bhi apresenta via MHC classe II. Além disso, sabe-se que DC CD103+ é requerida para induzir a resposta CTL a vírus, contudo, ainda é desconhecido como o vírus é adquirido para apresentação.
DCs podem capturar vírus diretamente ou pela ingestão de células infectadas como células epiteliais que estejam morrendo. Ademais, há evidências indicando que DCs CD103+ da pele capturam células apoptóticas. Entretanto, já foi demonstrado que nem todos os tipos de DCs migram para o LN drenante quando injetadas ,por exemplo, na pele. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar que população de DC migratória é capaz de adquirir células apoptóticas no tecido, para posterior apresentação do antígeno no LN do pulmão (lung-draining LN/LLN). Após injetar timócitos apoptóticos marcados com CFSE, foi observada a presença de DCs migratórias (CD11c+MHCII+) CD103+ expressando CFSE no LN. Portanto, as células apoptóticas foram preferencialmente fagocitadas pelas células DCs CD103+ e estas, em seguida, migraram para o LN. Após injetar células apoptóticas juntamente com beads de látex, foi observado que DCs CD103+ capturam células apoptóticas somente ou células apoptóticas juntamente com as beads, enquanto que as células CD11bhi apenas fagocitaram beads. Posteriormente, os autores decidiram comparar a capacidade de captura de células apoptóticas com DCs CD8+ e, observaram que células DCs CD103+ do pulmão transportam menos células apoptóticas para o LN do que DCs CD8+ no baço. Contudo, entre as DCs presentes no pulmão, as DC CD103+ são especializadas em capturar células apoptóticas e transportar para o LN. Seguindo a mesma estratégia, mas com animal Batf3-/-, que não apresenta DCs CD8+, os autores mostraram que as DCs CD103+ também não estavam presentes e, na sua ausência, não foi detectada a presença de CFSE no linfonodo, indicando que não houve migração de DCs para o LLN. Para identificar que população de linfócitos reconhece os antígenos apresentados pelas DCs CD103+, animais WT ou Batf3-/- receberam células de animais OT-1 e OT-2 (1:1), específicas para OVA marcadas com CFSE. Após 1 dia, timócitos apoptóticos expressando OVA foram injetados. Três dias após, a proliferação desses linfócitos foi avaliada e, no animal WT, observou-se a proliferação de células de camundongo OT-1, que apenas possui linfóticos T CD8. Entretanto, no animal Batf3-/-, não houve proliferação de linfócitos, indicando que células CD103+ apresentam antígenos associados com células apoptóticas que são reconhecidos por linfócitos T CD8. Avaliando a expressão de mRNA nas células CD103+ e CD11bhi, os autores observaram que somente DCs CD103+ apresentavam TLR3. Assim, eles trataram com Poli I:C, um agonista do TLR3 e observaram que a produção de IFN-g aumentou. Assim, neste trabalho, podemos concluir que DCs CD103+ do pulmão preferencialmente migram para o LLN e apresentam antígenos associados às células apoptóticas. Esses antígenos, por sua vez, são reconhecidos por linfócitos T CD8, via MHC classe I. Por fim, DCs CD103+ seletivamente expressam TLR3.
Desch AN, Randolph GJ, Murphy K, Gautier EL, Kedl RM, Lahoud MH, Caminschi I, Shortman K, Henson PM, & Jakubzick CV (2011). CD103+ pulmonary dendritic cells preferentially acquire and present apoptotic cell-associated antigen. The Journal of experimental medicine, 208 (9), 1789-97 PMID: 21859845
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