segunda-feira, 14 de maio de 2012

Biologia Evolutiva do Desenvolvimento/Evo-Devo – Um curso de curta duração na Universidade Federal da Bahia


Evolutionary Developmental Biology (Evo-Devo)
A short course at the Federal University of Bahia
(Biologia Evolutiva do Desenvolvimento/Evo-Devo – Um curso de curta duração na Universidade Federal da Bahia)
Stuart A. Newman, Ph.D.
New York Medical College
Organização: Charbel Niño El-Hani, Ph.D.
Promoção: Projeto “Integrando Níveis de Organização em Modelos Ecológicos Preditivos: Aportes da Epistemologia, Modelagem e Estudos Empíricos” (INOMEP/PRONEX).
Professores assistentes: Charbel Niño El-Hani, Ph.D. (Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia); Emilio de Lanna Neto (Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia), Ms. C.; José Wellington Alves dos Santos (Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia), Ph.D.; Ana Maria Rocha de Almeida (Universidade da Califórnia, Berkeley), Ms. C.
Estrutura do curso
O curso terá um total de 20 horas. Destas 20 horas, 10 horas consistirão de aulas proferidas por Prof. Stuart Newman em língua inglesa e 10 horas corresponderão a sessões de discussão de artigos selecionados. Os artigos serão em língua inglesa, mas a discussão será conduzida em língua portuguesa pelos professores assistentes, em grupos de 20 alunos.
Somente serão emitidos certificados para participantes com mais de 80% de presença.
Número de vagas: 80
Local: Instituto de Biologia, Campus de Ondina, Universidade Federal da Bahia.
Data: 12 a 16/11/2012
Turno das aulas: Matutino.
Procedimento de inscrição: Enviar email para charbel.elhani@gmail.com manifestando seu interesse pelo curso. Enviar currículo (formato Lattes CNPQ) e carta de justificativa do interesse pelo curso.
Data de divulgação do resultado da seleção dos estudantes: 05/09/2012
Programa provisório
Dia 1 (Segunda, 12 de Novembro) 
Vida multicelular: animais, plantas, fungos, amebozoários. Quando eles surgiram; exemplos modernos; similaridades e diferenças anatômicas e genéticas. Exemplos de processos e mecanismos desenvolvimentais característicos de cada grupo. Uniformitarismo vs. não-uniformitarismo na teoria evolutiva; desafios conceituais da Evo-Devo à Síntese Moderna.
Dia 2 (Terça, 13 de Novembro)
Mecanismos físicos de morfogênese e formação de padrões em sistemas animais (e em alguns sistemas vegetais): liquidez (liquidity) de tecido; adesão diferencial e separação de fase; oscilação e sincronização de estado bioquímico; multi-estabilidade do estado diferenciado; conseqüências moleculares da polaridade celular; morfógenos; inibição lateral; padronização de reação-difusão (reaction-diffusion patterning); filotaxia; mecanismos celulares de padronização autônoma; mecanismos envolvendo sinalização célula a célula e mecanismos independentes de sinalização; mecanismos compostos: morfoestáticos vs. morfodinâmicos.
Dia 3 (Quarta, 14 de Novembro)
Módulos de padronização dinâmica (DPMs): a física encontra a genética no estado multicelular. O genoma do coanoflagelado Monosiga brevicollis; mobilização de adesão e adesão diferencial por caderinas e de inibição lateral por Notch-Delta, conseqüências multicelulares de polaridade apico-basal e planar mediada por Wnt; oscilações e sincronia baseadas em Hes1; difusão e quebra controlada na formação dos gradientes dos morfógenos Hedgehog, BMP e FGF; actomiosina e excitabilidade mecânica dos epitélios; formação de redes e matrizes extracelulares colagenosas. Plasticidade inerente dos resultados de padronização DPM. Papel geral dos DPMs na origem dos planos corporais de animais e plantas.
Dia 4 (Quinta, 15 de Novembro)
Interação dos DPMs na formação do plano corporal animal e dos motivos de órgãos: dinâmica do modelo do relógio e da onda frontal (clock and wavefront) na somitogênese; papel do oscilador Notch-Hes1; sincronização; FGF, Wnt e plasticidade da somitogênese: o caso da segmentação aumentada na serpente; interação do ambiente uterino com o relógio somítico levando a número alterado de segmentos ou defeitos axiais; dinâmica ativadora-inibidora no desenvolvimento do membro de vertebrados; papéis de TGF-β e fibronectina; plasticidade do desenvolvimento dos membros: efeito de mutações, transplantes de tecidos, teratógenos; cenários para a produção de membros fósseis. Introdução às galectinas; um novo DPM baseado em rede de galectinas no membro em desenvolvimento.
Dia 5 (Sexta, 16 de Novembro)
A “ampulheta embrionária”: diferentes trajetórias embrionárias para o mesmo ponto médio morfológico. Insetos de banda germinativa longa vs. insetos de banda germinativa curta; exemplos do desenvolvimento de nematódeos; a relação da padronização celular autônoma no ovo com a função dos DPMs no estágio morfogenético do desenvolvimento; papel das propriedades variacionais dos mecanismos de padronização pós-estágio morfogenético. Plasticidade desenvolvimental na inovação evolutiva; origens de aves a partir de dinossauros em conseqüência de perda de genes: a hipótese do músculo esquelético termogênico.

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