quarta-feira, 30 de maio de 2012

Proteomica para escolha de novos antígenos para vacina e diagnóstico na leishmaniose


Legenda: Superior esquerdo – extrato de promastigotas (Verde)
Superior direito – Amastigotas (Vermelho)
Inferior esquerdo – Padrão / Controle
Inferior direito – Sobreposição de amastigotas e promastigotas (amarelo para sobreposições)

Post de Leonardo Arruda
Com objetivo de identificar novos antígenos, foi publicadono ano passado um trabalho (Analysis of Leishmania chagasi by 2-D Difference Gel Eletrophoresis (2-D DIGE) and Immunoproteomic: Identification of Novel Candidate Antigens for Diagnostic Tests and Vaccine; DOI: 10.1021/pr101286y) que comparou o perfil proteômico de Leishmania chagasi entre proteínas de amastigotas contra promastigotas.
Para isso, os autores utilizaram uma combinação de poderosas ferramentas, como DIGE-2D, Western Blot 2D e MaldiTof, seguidas por uma análise através de softwares. 
Foram visualizados 900 spots, entre amastigotas e promastigotas (figura 1 DIGE-2D). Dentre eles, foram retirados 113 spots para identificação da proteína por Maldi-Tof. Cinco proteínas foram especificamente identificadas como pertencentes a fase amastigota, 25 únicas para a fase promastigota e 10 proteínas identificadas como presentes tanto nas fases amastigota quanto promastigota. Além disso, 41 proteínas foram identificadas usando soro de cães infectados por Western blot 2D, que entre elas, 3 foram reativas a IgM e 38 reativas a IgG total. Os autores também mapearam os epítopos para células B utilizando um arranjo de peptídios com soro de cães. O mapeamento de 180 epítopos para células T CD8+ foi realizado in silico para todas as proteínas reconhecidas por Western blot, e ao final, os autores encontraram 25 peptídios que poderão ser utilizados para diagnóstico ou desenvolvimento de vacinas para cães, baseados em sua reatividade com células B e T.
Mais ainda, entre as proteínas com o maior escore de imunogenicidade havia 19 proteínas com função hipotética e outras 7 com função putativa, o que agregou importantes informações para o conhecimento da função destas proteínas, já que não havia prévia descrição no que se refere a relação  hospedeiro X Leishmania.
O artigo poderá ser encontrado na íntegra aqui.

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