No Sete de Setembro Brasil e França firmaram um acordo militar no valor de cerca de R$ 24 bilhões, a serem pagos em 20 anos, para compra de 50 helicópteros de transporte militar e cinco submarinos, um deles nuclear, segundo noticiado. Chamou ainda mais a atenção a possibilidade da compra de aviões combate Rafale por mais R$ 3,8 bilhões.
O volume de recursos envolvidos foi um aspecto destacado, e o governo informava que; “É o maior acordo do gênero já assinado pelo governo brasileiro desde a Segunda Guerra Mundial e tem significado histórico porque envolve transferência de tecnologia.”
É realmente uma soma de recursos considerável, mas como se situa ela em relação aos gastos militares de outras nações?
Para se ter uma idéia do volume de gastos americanos no tema de defesa nem precisamos chegar aos gastos militares diretos, podemos ter uma idéia pelos gastos em pesquisa militar. Os EEUU investirão em pesquisa militar durante 2010 US$ 83,7 bilhões, segundo a proposta de orçamento de Obama. Pode parecer, mas não é engano, o “grande gasto” brasileiro em equipamentos militares em 20 anos (aproximadamente US 13 bilhões, ou 0,6 bilhão/ano) é muito menos que o investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) militar em um ano pelos EEUU.
Uma outra forma de ver a situação: no ano de 2010, o investimento total dos EEUU em P&D será de US$ 147.620 bilhões. Ou sejam “sobram” US$ 63,8 bilhões para todas as outras áreas “nondefense”, ou seja saúde, ambiente, energia etc. O NIH receberá 30,184 bilhões de dólares.
Para os otimistas, a proposta de orçamento militar americano de 2010 é 2% menor que a que 2009, enquanto a do NIH para 2010 é 1,5% maior que a do ano anterior.
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