quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Índice Big Mac

Quanto tempo você tem de trabalhar para comprar um Big Mac? Esta pergunta, com algumas variações, tem sido usada como forma de divulgação do poder de compra relativo.

A The Economist divulgou, em 20 de agosto, o novo relatório da UBS com o cálculo de quanto tempo um trabalhador médio precisa utilizar, em 73 cidades, para comprar um Big Mac (veja na figura acima).

Em Chicago, 12 minutos de trabalho equivalem ao preço de 1 Big Mac. Em São Paulo são necessários 40 minutos de trabalho para comprar o mesmo sanduíche, um pouco acima da média das 73 cidades. Os trabalhadores da cidade do México necessitam trabalhar mais de 2 horas para efetuar a mesma compra.

Este é um exemplo de que, às vezes, um salário ruim protege a saúde, mas não deve servir de bandeira para menores salários. A melhor combinação ainda é bons salários e dieta mediterrânea, com vinho, chocolate e café.


GoPubMed. O Res Mirabilis!

Na semana passada havia recebido uma mensagem de Edecio indicando o site GoPubMed, que merece a designação de “O res mirabilis!”. Olhei rapidamente, mas estava num período muito atribulado e não consegui explorá-lo suficientemente.

Felizmente, recebi uma mensagem de Samuel indicando o mesmo site:

“Veja o site www.gopubmed.org. Quem me passou a dica foi o Morel, o site é sensacional. Você consegue fazer rapidamente um levantamento de publicações mas com a vantagem de poder avaliá-las (e aos autores) pelas redes que conseguem formar.”

Realmente é muito bom.”

Além de fornecer a lista de trabalhos, como faz o PubMed, o GoPubMed apresenta outros dados. O mais interessante, para mim, foram as estatísticas.

domingo, 23 de agosto de 2009

+ de 20 anos sem Raul Seixas

Post de Sergio Arruda

Raul Seixas, baiano, considerado maluco beleza e pioneiro do rock no Brasil. Nasceu em 28 de Junho de 1945 e viveu fora do seu tempo e das influências da bossa nova e MPB. Depois de 20 anos de sua morte suas músicas ainda são atuais. Iniciou compondo músicas para a jovem guarda, mas se rebelou e começou a cantar. Foi no Festival Internacional da canção, em 1972, que apareceu e cantou a música Let me Sing. Com a música “ouro de tolo” fez deboche da ditadura, mas com sociedade alternativa que acabou sendo preso torturado e expulso do país. Seu disco Gitâ ganhou o disco de ouro com 600.000 cópias vendidas. Leia mais.

São frases do Raul;

- A desobediência é uma virtude necessária à CRIATIVIDADE.

- Pare o mundo que eu quero descer


Mas as frases mais citadas fazem parte da letra da música “Metamorfose Ambulante”

Prefiro ser

Essa metamorfose ambulante

Eu prefiro ser

Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião

Formada sobre tudo

Do que ter aquela velha opinião

Formada sobre tudo

Eu quero dizer

Agora, o oposto do que eu disse antes

Eu prefiro ser

Essa metamorfose ambulante


Veja vídeos com algumas das suas músicas mais ouvidas

Nasci ha 10 mil anos atrás

Trem das 7

Tente outra vez

How I could know

Morning train

Eu também vou reclamar


Ilustração: Capa do primeiro disco de Raul, na época Raulzito.

Dificuldade de importação para pesquisa no Brasil, por Fernando Cunha


Fernando Cunha, um dos maiores pesquisadores em farmacologia do país, continua sua campanha pela facilitação das importações para pesquisa no Brasil. Este tema tem aparecido com alguma frequencia neste blog, já noticiamos o esforço da Academia Brasileira de Ciências para elaborar documento com contribuições da comunidade científica e também o anuncio de medidas neste sentido pelo Ministro Sergio Rezende, na reunião da SBPC. Veja a mensagem recente de Fernando sobre problema enfrentado e abaixo o seu documento sobre o assunto em 2008.

Caros colegas e autoridades,

No ano passado o Senhor Presidente da República em uma cerimônia cientifica fez um importante pronunciamento informando a comunidade científica que a partir daquela data haveria modificações de Procedimentos na Receita Federal e Órgãos Reguladores e Sanitários com o objetivo de tratar as importações de insumos e equipamentos para pesquisa científica de maneira prioritária, ou seja, em canais diferenciados. Dias após o pronunciamento enviei as agências de fomento, órgãos reguladores e sociedades científicas um documento (abaixo) com algumas sugestões, que em minha opinião, contribuiriam para atender o pronunciamento do Sr. Presidente. Isto já faz mais de um ano.

Nesta semana, o chefe da Unidade de Vetor/Biologia Molecular do National Institute of Health (NIH-USA), Dr. Jesus Valenzuela me enviou uma proteína de glândula salivar de Lutzomyia longipalpis. A proteína foi enviada porque temos uma colaboração com a Unidade de Vetor/Biologia Molecular – NIH cujo objetivo é desenvolver novos antiinflamatórios a partir da Saliva de Insetos Vetores, entre eles a partir da Saliva de Flebotomíneos. A proteína enviada será administrada em animais de experimentação com artrite experimental. O material foi enviado por FEDEX como doação, sendo declarado para efeitos legais que o valor era $ 5.00. O que aconteceu? O material está preso na divisão da ANVISA do Aeroporto de Campinas. Tentei falar com a chefa da divisão por telefone e mesmo me identificando, fui informado foi que ela não conversa por telefone, e que eu poderia me deslocar até Campinas para ser atendido. O pessoal do FEDEX me informou que tenho que pagar uma guia de recolhimento da união (GRU), completar uma declaração de uso e finalidade e o capítulo XIX, assinar, reconhecer firma no cartório para, assim, a proteína ser liberada (ou não?) pela ANVISA. Certamente estou providenciando o solicitado e com sorte em alguns meses terei condições de tratar meus animais e dar seqüência ao projeto.

Descrevo o ocorrido para nos lembramos da importância de encontramos instrumentos legais para que realmente insumos para pesquisa sejam tratados em canais diferenciados.

Atenciosamente

Fernando Cunha

Professor Titular, Departamento de Farmacologia, FMRP.


Documento de Fernando Cunha em 2008.

Inicialmente gostaria de ressaltar que a nova legislação reduzindo os prazos de liberação de insumos para pesquisa foi um importante ganho para o desenvolvimento científico do Brasil.

Necessitamos agora avançar em outros pontos.

  1. A pesquisa para ser competitiva necessita de agilidade. Assim temos que encontrar maneiras para que quando os pesquisadores chegarem do exterior com reagentes lá comprados ou que foram doados pelos colaboradores estrangeiros possam entrar sem problemas. Hoje apesar de comprovarmos que somos pesquisadores do CNPq e docentes nas Universidades não podemos entrar com os famosos "tubinhos e vidrinhos" que trazemos nos bolsos e malas. Isto ocorre mesmo tendo as invoices e/ou cartas informando que os reagentes são doações. Isto vale também quando um colaborador envia um reagente especifico. O envio de uma amostra é tratado como importação, exigindo um conjunto enorme de documentos, sendo que a maioria deles nossos colaboradores não tem como consegui-los. ASPECTOS SÃO MUITO IMPORTANTES.
  1. Comprar pelo cartão de crédito e solicitar que a empresa envie por agente de carga, como ocorre no mundo todo. Em tese este procedimento encaixa no Importa Fácil, porém para utilizá-lo temos que usar os correios oficiais do mundo. Ressalto que os correios oficiais normalmente não transportam material em gelo, ou seja, não podemos utilizar o Importa Fácil na maioria das vezes. ESTE PONTO É MUITO IMPORTANTE, SEM ELE CONTINUAREMOS PERDENDO SEMPRE!
  2. Enviar material para o exterior para realização de dosagens e ou analises específicas pelos nossos colaboradores. Hoje temos que tratar isto como exportação, o que significa semanas e semanas tentado conseguir as guias necessárias.
    4. Importação de animais de experimentação. Quanto se trata se animais geneticamente modificados os processos são ainda mais penosos. Na maioria das vezes os animais geneticamente modificados são doações de colaboradores que não estão dispostos a se submeterem às burocracias visando à obtenção dos certificados oficiais emitidos pelos órgãos públicos correspondentes ao nosso Ministério da Agricultura. Penso que certificados emitidos por Universidades idôneas e/ou empresas (Jax-mice e Charles River por exemplo) que produzem os animais poderiam ser aceitos, como ocorre no mundo todo. Além dos documentos oficiais é exigida a autenticação dos mesmos nos consulados brasileiros. Isto não é entendido pelos colaboradores e/ou companhias que vendem animais.
  3. Importação de material radioativo. Também necessitamos encontrar maneiras para agilizar as importações.

Estas são nossas sugestões específicas. Vamos trabalhar para aperfeiçoar nossa legislação.

Atenciosamente

Fernando Cunha

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Um chocolate vale mais que R$ 80 milhões

Você pagaria R$ 80 milhões por um chocolate ao dia?

É difícil imaginar que alguém fizesse isto, mesmo que esperasse viver mais de cem anos e o chocolate fosse um Godiva. Mas os leitores deste blog parecem inclinados a tanto.

A notícia sobre as vantagens do chocolate para a saúde foi visitado 71 vezes e recebeu 9 comentários. A notícia da economia de R$ 80 milhões pela Câmara dos Deputados repassada ao Ministério da Educação não recebeu qualquer comentário (nem de surpresa) nas meras 15 visitas recebidas.

Observando um blog se aprende um tanto sobre o interesse humano.

Dia Mundial do Mosquito

Esta é novidade para muita gente. Pouca gente deve saber desta homenagem. Em 20 de agosto de 1897, Ronald Ross demonstrou a transmissão da malária pelo Anopheles. Ele ganhou o Prêmio Nobel em 1902 por esta descoberta.

Do Alpha Galileo: “Declaring himself that this date be remembered as World Mosquito Day, his work was soon verified by a colleague, Surgeon-Major John Smyth and Ross wrote a paper which was later published in the British Medical Journal.”

Na Wikipedia: “Ross studied malaria between 1881 and 1899. He worked on malaria in Calcutta at the Presidency General Hospital where he was ably assisted by Kishori Mohan Bandyopadhyay, a Bengali Indian scientist. In 1883, Ross was posted as the Acting Garrison Surgeon at Bangalore during which time he noticed the possibility of controlling mosquitoes by controlling their access to water.

In 1897, Ross was posted in Ooty and fell ill with malaria. After this he was transferred to Secunderabad, where Osmania University and its medical school is located, he discovered the presence of the malarial parasite within a specific species of mosquito, the Anopheles. He initially called them dapple-wings and following the hypothesis of Sir Patrick Manson that the agent that causes malaria was spread by the mosquito, he was able to find the malaria parasite in a mosquito that he artificially fed on a malaria patient named Hussain Khan. Later using birds that were sick with malaria, he was soon able to ascertain the entire life cycle of the malarial parasite, including its presence in the mosquito's salivary glands. He demonstrated that malaria is transmitted from infected birds to healthy ones by the bite of a mosquito, a finding that suggested the disease's mode of transmission to humans. Subsequently Sir Ronald Ross Institute of Tropical Medicine was established as a division of the faculty of medicine at Osmanaia Medical College, Hyderabad.

Mais sobre Ross.

Ilustração.

PLoS NTD com grande participação do Brasil

Os países do “Sul” são responsáveis por metade dos artigos enviados ao PLoS Neglected Tropical Diseases, e o Brasil é o segundo país do mundo no número de artigos enviados, superando UK e França, que ficam em terceiro lugar.

Esta informação está divulgada num artigo dos editores Peter Hotez e Serap Akzoy: PLoS Neglected Tropical Diseases: Two Years of Providing Access to Innovation for the World's Poor … and Counting, no número mais recente da revista.

Veja o trecho do artigo que se refere ao Brasil:

“Brazil now accounts for the second largest number of article submissions, behind the United States. Submissions from Brazil have been extremely high in quality and cover a wide range of topics, from molecular pathogenesis and clinical aspects to epidemiology and policy. There is also wide representation from a diversity of research institutes (including FIOCRUZ, the Oswaldo Cruz Foundation) and universities. One of us recently had the opportunity to attend Med Trop 2009 (the annual Brazilian Congress of Tropical Medicine, held this year in Recife) in order to thank the community there for their support and interest. We are also excited by the large number of article submissions from elsewhere in Latin America, including Peru, Mexico, and Argentina.”

Câmara dos Deputados economiza R$80 milhões e repassa à educação

Câmara dos Deputados economiza R$ 80 milhões e repassa à educação.

Quando li a manchete, no JC e-mail 3830, de hoje me perguntei: Em que país foi isto?

Surpreendentemente, é aqui no Brasil mesmo. Veja:

Medida inédita de transferência de recursos permitirá educar 16 mil crianças


O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, oficializou nesta quarta-feira (19), junto ao ministro da Educação, Fernando Haddad, a doação de R$ 80 milhões para a educação infantil. Os recursos foram economizados a partir da racionalização de despesas desde o início da gestão da atual Mesa Diretora.

"Além de sua principal atividade, que é legislar, a Câmara se incorpora à luta efetiva pela educação infantil, aplicando os recursos originários da economia de gastos da instituição", apontou Michel Temer. "Isso mostra a sintonia da Câmara com as reivindicações da sociedade e a consciência dos parlamentares do que é importante priorizar neste momento."

Segundo o ministro Fernando Haddad, o dinheiro será repassado às prefeituras por meio de convênios já firmados com os municípios. Os recursos permitirão a construção de 80 creches que beneficiarão 16 mil crianças. Ele observou que a medida não tem precedente. "É a primeira vez que isso acontece."

Para transferir os recursos, o Congresso ainda deve aprovar um projeto de lei.

(Assessoria de Imprensa da Câmara)

É certo vender partes do seu corpo?

Em 29 de julho o blog ACP Internist (do American College of Physicians) divulgou uma notícia que não vi muita divulgação por aqui. Segundo o post “Is it wrong to sell your body?”, houve uma prisão em massa por corrupção em New Jersey e havia um grupo de rabinos envolvidos na venda de órgãos. Pelo menos de fazer negócios pouco lucrativos os rabinos não podem ser acusados. Eles comprovam de doadores pobres por cerca de US$10.000 e vendiam por US$ 150.000.

Além de ganância, o blog questiona a validade da venda em si mesmo. Se é aceitável que as mulheres vendam seus óvulos porque não se aceitaria a venda de um rim. Esta pergunta apareceu num coluna do U.S. News and World Report.

Um outro ponto levantado num artigo do Slate defende os rabinos, pois a prioridade é a preservação da vida acima de tudo, mesmo se for necessário pagar pelos órgãos.

Há vários dilemas éticos neste episódio. O comércio de órgãos é aceitável? qual a margem de lucro “ética”, se você aceita a idéia do negócio? quanto “vale” cada órgão?

Ilustração.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Envelhecimento, células T e pele

Tenho ficado mais atento a notícias sobre envelhecimento. Por que será? Não riam, alguns estão mais adiantados que outros, mas o objetivo de (quase) todo mundo é ficar velho. Se nunca pensou nisto, considere a alternativa. Agora, que tenho a sua solidariedade, veja se não é uma velhacaria o que fazem com os velhos. (Não, velhaco não tem a mesmo origem de velho. Segundo Houaiss: Etimologia esp. bellaco (sXIV) 'homem de má vida', este de orig.obsc.; ver velhac-; f.hist. c1560 valhaco).

Até a produção de TNF-alfa diminui, as células T deixam de migrar adequadamente e diminui a vigilância imunológica na pele. Recentemente o JEM publicou: “Decreased TNF- synthesis by macrophages restricts cutaneous immunosurveillance by memory CD4+ T cells during aging”, veja o resumo.

Segundo a divulgação do JEM: “one of the first steps in the immune response fell short. After antigen injection, macrophages in elderly skin produced less TNF than did those in younger skin. Endothelial cells lining skin vessels in the elderly expressed lower levels of adhesion molecules, which are normally induced by TNF and are required for circulating T cells to migrate into tissues. As senior author Arne Akbar explains, "Road signs that direct T cells to the skin epithelium were missing."

Há algum registro do aumento de leishmaniose ou hanseníase em idosos?

Bem, lembre, ainda é a melhor alternativa e até lá talvez se consiga uma forma de corrigir a produção de TNF.


Ilustração: Jan Lievens (Holanda, 1607–1674).

sábado, 15 de agosto de 2009

A chocolate a day keeps the doctor away

Nem sempre são más notícias. Aliás, tenho primado pelas boas notícias: não adianta fazer exercício para perder peso e agora chocolate reduz mortalidade pós-infarto.

Os suecos são responsáveis pelo relatoChocolate consumption and mortality following a first acute myocardial infarction: the Stockholm Heart Epidemiology Program(doi 10.1111/j.1365-2796.2009.02088.x). O estudo visa avaliar os efeito s a longo prazo do consumo de chocolates em indivíduos com doença coronariana. Foram acompanhados 1.169 pacientes não diabéticos. O consumo de chocolate teve um forte associação inverso com mortalidade cardíaca, quando comparado com pacientes que não comem chocolate. O consumo de outros produtos doces não teve o mesmo efeito.

Agora só falta esperar receber como receita do cardiologista: duas taças de vinho por dia e dois chocolates por semana. Pena que não se pode abater remédio do imposto de renda.


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Qual o seu problema? Peso ou cintura?

Em tempos de oferta elevada de alimentos o problema de excesso de peso é endêmico. Alguns se incomodam mais com a circunferência abdominal que com o peso mesmo. Alguns chegam a acreditar em chazinhos milagrosos, outros recorrem a definições não ortodoxas ("Calorias são pequenos vermes inescrupulosos que vivem nos guarda-roupas e que, durante a noite, apertam as roupas das pessoas", por exemplo).

A ciência logicamente também se interessa no tema. A PloS One publicou um artigo recente sobre o efeito do exercício em mulheres com sobrepeso e sedentárias após a menopausa.

O estudo comparou ausência de exercício, exercício de diferentes níveis de gasto energético (4, 8 e 12 kcal/kg/semana = KKW). O exercício de 4 KKW equivale a 72 minutos e o de 12 a 194 minutos.

A conclusão é que NÃO foi observada diferença na perda de peso real e prevista nos níveis de 4 e 8 KKW e o de 12 KKW somente de metade da perda de peso prevista.

Do ponto de vista positivo, todos os grupos tiveram redução da circunferência abdominal.

Bem, a decisão é individual, mas, para mim, 194 minutos de exercício por semana parece um exagero até se fosse para perder peso. Sem perder, é insanidade. Não esqueça que as conclusões se aplicam a menopausadas, sedentárias e com sobrepeso. Nos grupos grupos???


(Church TS, et al. (2009) Changes in Weight, Waist Circumference and Compensatory Responses with Different Doses of Exercise among Sedentary, Overweight Postmenopausal Women. PLoS ONE 4(2): e4515. doi:10.1371/journal.pone.0004515)


Ilustração.

Homens transgênicos em breve?

Quanto tempo se passará até aparecer o primeiro homem transgênico? Pode mesmo demorar um pouco devido à resistência da sociedade, religião etc. A demora não deverá ocorrer por barreiras científicas. Afinal já há um primata transgênico. Em maio a Nature publicou o artigo “Generation of transgenic non-human primates with germline transmission” sobre a obtenção de Callithrix jacchus (sagui) transgênico. Nature 459, 523-527 (28 May 2009) doi:10.1038/nature08090). A vantagem de um modelo destes é óbvia: um excelente modelo animal para doença humana.

O Callithrix é usado na pesquisa biomédica há bastante tempo e sua elevada taxa de reprodução o torna um bom candidato para transgenia. No trabalho os autores dizem:

“Here we show that the injection of a self-inactivating lentiviral vector in sucrose solution into marmoset embryos results in transgenic common marmosets that expressed the transgene in several organs. Notably, we achieved germline transmission of the transgene, and the transgenic offspring developed normally.”

Houve transmissão germinativa do transgen e a possibilidade de extensão dos experimentos para macacos de maior porte, como chimpanzés e orangotangos, está aberta. Quando será testado no homem?

Para que se desejaria um homem transgênico? Não serve mais a idéia de modelo para doença humana.

Veja abaixo um filme com um camundongo transgênico obtido na Case Western Reserve University. Uma maior eficiência do metabolismo energético faz com que não se canse. Pode correr horas sem parar, muito além do alcançado por camundongos normais.




Você não acha que alguns exércitos podem se interessar em obter um homem que não se cansa?

Patentes no Brasil: situação continua difícil.

O JC Online de hoje reproduz um artigo de Herton Escobar no "O Estado de SP" do dia 09, sobre a situação de Ana Marisa Chudzinski-Tavassi (do Butantan) que “mantém dois dos mais importantes trabalhos científicos de sua carreira guardados numa gaveta virtual de seu computador. Um deles relata a ação de uma proteína com atividades antitumorais e anticoagulantes, isolada da saliva de carrapatos. O outro descreve uma molécula de veneno de taturana que promove imunidade celular e estimula a produção de colágeno.”


O problema se refere à dificuldade de proteção da propriedade intelectual. “É aí que começa o problema - não só o de Ana, mas de muitos outros cientistas que ousam se aventurar pelo labirinto de leis, dúvidas e preconceitos que ainda separam a produção de conhecimento da inovação tecnológica no Brasil. Muitos já entraram, mas poucos acharam uma saída. "Faz sete anos que estou dando murro em ponta de faca".


Ela necessita de aprovação das empresas para divulgar o material: “As patentes que protegem a pesquisa de Ana estão depositadas no nome dela, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) - que financiou a pesquisa - e do Coinfar, um consórcio de três empresas brasileiras do setor farmacêutico (Aché, Biolab e União Química) - que também financiou a pesquisa. ...Foi o que ela fez. Só que a resposta demorou a vir, atrasada pelas incertezas jurídicas, e Ana deu um ultimato às empresas: ou desenvolvem as moléculas ou liberam a publicação dos dados. "Se não for para virar remédio, melhor que vire conhecimento público", afirma Ana.


Não sei os detalhes do caso, mas ele ilustra a situação de abandono e incerteza dos pesquisadores no tema de propriedade intelectual. Se o Instituo Butantan não consegue agilidade e boa negociação imagina em instituições menos voltadas ao desenvolvimento tecnológico. As nossas instituições acadêmicas e de pesquisa precisam ter uma postura mais profissional e firme no tema. Os pesquisadores não podem assumir esta tarefa sem apoio institucional de qualidade.


Ilustração.

Tolerância no La Nación

Hallan una "llave maestra" del sistema inmunológico

Es el circuito de la "tolerancia", clave en cáncer y autoinmunidad

La Nación (Buenos Aires, Argentina), 10.08.09 Publicado en edición impresa

Nora Bär
LA NACION

Cualquiera que haya pasado por la escuela secundaria sabe que el sistema inmune es un complejo mecanismo que distingue entre lo propio y lo extraño.

El abecé de este "ejército interior" es que debe saber cuándo atacar y cuándo retirarse: si no se activa ante la presencia de células tumorales, o ante la invasión de bacterias, virus o parásitos, nos deja inermes frente a las infecciones y permite el avance del cáncer, pero si se activa cuando no debe hacerlo y ataca los propios tejidos, aparecen enfermedades autoinmunes, como la esclerosis múltiple, la artritis o la diabetes.

Muy sencillo, claro... pero ¿cómo "sabe" el sistema inmune cuándo activarse y cuándo desactivarse?

Hasta ahora, esta pregunta se había respondido parcialmente, porque se sabía mucho sobre el mecanismo de activación del sistema inmunológico, pero muy poco sobre "la otra cara" de la moneda: el proceso de "tolerancia inmunológica", un exquisito engranaje de regulación capaz de silenciarlo.

Hoy, con un impecable y elegante trabajo que publica Nature Inmunology , un equipo íntegramente formado por científicos argentinos acaba de contestarla.

"La inducción de tolerancia tiene una importancia clave en la aceptación de trasplantes y para evitar el desarrollo de enfermedades autoinmunes -explica el doctor Gabriel Rabinovich, jefe del grupo, investigador del Conicet en el Instituto de Medicina y Biología Experimental (Ibyme) y docente de la Facultad de Ciencias Exactas y Naturales de la UBA-. Si el circuito de la tolerancia está aumentado, el sistema inmunológico pasa por alto y favorece el crecimiento de tumores; si está bloqueado, permite el desarrollo de la autoinmunidad."

A partir de este descubrimiento -que describe la tolerancia como un circuito activo-, los científicos pueden explicar el cáncer y las enfermedades autoinmunes por fallas en el circuito de "tolerancia inmunológica": en el primer caso, porque ésta se activa cuando no debe hacerlo, y en el segundo, porque no se activa cuando debería hacerlo.

Un mecanismo de relojería

Hace aproximadamente cinco años, Rabinovich y su grupo publicaron un trabajo cardinal en Cancer Cell que explicaba que el organismo no "ve" a los tumores y les permite desarrollarse sin atacarlos porque éstos producen una proteína que deprime el sistema inmune, la galectina-1. Desde ese momento, empezaron a preguntarse cuáles serían los detalles de este mecanismo de relojería.

"Para explorarlo, le propuse a Juan Martín Ilarregui -primer autor del trabajo, que fue además su tesis de doctorado- que se pusiera a trabajar con unas células muy plásticas del sistema inmune, las dendríticas", cuenta Rabinovich.

Las células dendríticas se generan en la médula ósea y transitan por la sangre patrullando los tejidos. "Cuando detectan algo -explica muy coloquialmente el científico-, inmediatamente van al ganglio linfático, se encuentran con un linfocito T y le dicen: «Mirá, acá yo encontré un antígeno» y le presentan un fragmento de microbio o de tumor. El linfocito T se activa, va a los tejidos y mata o paraliza a la bacteria, el tumor o el virus. Sin embargo, nosotros vimos que cuando está expuesta a altos niveles de galectina-1, la dendrítica produce, gatilla y perpetúa todo un circuito que confunde a las células T, y éstas en lugar de activarse se convierten en linfocitos T regulatorios y silencian la respuesta inmune."

En otras palabras, las células dendríticas son el eje que puede orquestar tanto el ataque como la retirada del sistema inmune, de acuerdo con las señales que reciban. Bajo el influjo de galectina-1, estas células liberan otra proteína, llamada interleuquina 27. Esta, a su vez, se contacta con el receptor del linfocito T, que en lugar de ejercer una respuesta inmunológica o combatir un tumor se frena, se convierte en linfocito T regulatorio y libera interleuquina 10.

"La producción de esta proteína puede suprimir la respuesta inmune en varios escenarios -afirma Rabinovich-, como enfermedades autoinmunes (esclerosis múltiple, artritis reumatoidea, enfermedad de Crohn, etc.), en infecciones por virus, bacterias y parásitos, y en tumores."

Un aporte superlativo

Sin duda, como todo descubrimiento trascendente, el de Rabinovich y su equipo ya sugiere nuevas preguntas para seguir investigando. Como dice Juan Martín Ilarregui, protagonista principal de este hallazgo: "Haber identificado un sistema completo de resolución de la respuesta inmune abre nuevos caminos de exploración que permiten una mayor comprensión del sistema inmune y la posibilidad de manipularlo para nuestro beneficio".

Eduardo Sotomayor, investigador del Lee Moffitt Cancer Center, en Tampa, y uno de los que descubrieron que las células dendríticas son centrales en la activación y la tolerancia inmunológica, destacó el hallazgo como un aporte superlativo: "Sabemos lo difícil que es hacer ciencia de gran nivel en un país latinoamericano -dijo por vía telefónica, desde su casa en Miami-. La ciencia argentina está volviendo a ponerse en el lugar que tuvo cuando recibió sus premios Nobel. El equipo del Ibyme ha abierto una nueva área de investigación".

Rabinovich, por su parte, ya prepara una secuela de esta historia: si los indicios obtenidos hasta ahora se confirman, sería posible encender este circuito activando la producción de galectina-1 o su unión con azúcares en la célula dendrítica (primer engranaje), y modular la producción de interleuquina 27 (segundo engranaje) o de interleuquina 10 (tercer engranaje) para detener la respuesta autoinmune, o producir anticuerpos que bloqueen la tolerancia. "Los próximos años, vamos a repartir nuestros esfuerzos entre la investigación básica y la terapéutica", afirma.


Ilustração.

domingo, 9 de agosto de 2009

Psicologia (d)e cães

Na convenção anual da American Psychological Association, hoje foi um dia de cão. Não no sentido figurado, mas no real: o tema de cães foi discutido.

“Nancy Gee, PhD, of the State University of New York at Fredonia, shared results of her work using the poodles to help preschool children improve their cognitive and fine motor skills..... The highlight of the session came, however, when, with the help of a few doggie treats, Gee demonstrated how she uses the poodles to help the children practice their language skills by ordering the dogs to sit, lie down, roll over and jump for attendees. It was easy to see why the kids get so enthralled.” mais

Os cães pensam e alguns podem contar até cinco e entendem mais de 150 palavras, segundo o psicólogo canino Stanley Conrad, da Univ British Columbia. Eles também tentam enganar os homens em benefício próprio. Segundo o El Mundo, ele disse:

"Sus impresionantes momentos de brillantez y creatividad son un recuerdo de que quizás no sean 'Einsteins' pero están seguramente más cerca de los humanos de lo que pensamos". Coren indicó que, según diversas medidas conductuales, "las capacidades mentales del perro están cercanas a las de un niño de dos a dos años y medio".

Já é melhor do que muito adulto humano, penso eu. Quer mais? Os cães sabem números e fazem operações??

“Por si fuera poco, estos amigos de cuatro patas también saben de números, aunque sería mejor no confiarles la contabilidad doméstica, pues pueden "contar" hasta cuatro ó cinco, y sólo tienen una "comprensión básica" de la aritmética, aunque son capaces de detectar errores como 1+1=1 o 1+1=3. Durante el juego, los perros son capaces de intentar engañar, de manera deliberada, tanto a otros canes como a los humanos para lograr una recompensa y, según Coren, "tiene casi tanto éxito engañando a humanos como los humanos a engañando perros".

Saindo da psicologia e entrando no terreno do olfato, os cães poderiam ser excelentes no diagnóstico de doenças. No seu site, Coren diz:

“Dogs can sense more than just oncoming seizures. Richard Simmons, a research associate working on a project supported in part by the U.S. National Institutes of Health,...Our preliminary data suggests that dogs can detect melanomas and several other types of cancer well before there is any other indication of a problem. Some dogs will show agitation the moment a person with cancer enters the room. It may well be that someday in the future, inspection by a dog may become a routine part of cancer screening."

Coren, autor de livros no tema, divide a inteligência canina em três categorias: inteligência instintiva, adaptativa e a de trabalho e obediência. Segundo a avaliação de vários treinadores, ele lista as raças de cães, segundo a inteligência:

Rank Breed

1. Border Collies

2. Poodle

3. German Shepherd

4. Golden Retriever

5. Doberman Pincher

6. Shetland Sheepdog

7. Labrador Retriever

8. Papillon

9. Rottwieler

10. Australian Cattle Dog

11. Pembrook Welsh Corgi

12. Miniature Schnauzer


At the low end of the intelligence rankings are:

106. Borzoi

107. Chow Chow

108. Bull dog

109. Basenji

  1. Afghan Hound


O dálmata está no 39o lugar e o Beagle no 72o posto.

Para mim, depois de um bom desconto (vou procurar diagnóstico mais tradicional), está tudo bem. Vejo muito cão com olhar mais inteligente que o dos donos. Algumas vezes, como o caso do Rotweiller (9o lugar), o cão tem maior esforço em superar a força que a inteligência do homem.


Ilustração

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Dieta mediterrânea, esta é a escolha!

Manellis divulgou há pouco um interessante estudo do British Medical Journal sobre dieta. “O estudo clipado e com o link para o texto completo em pdf que coloquei abaixo é um dos maiores já feitos recentemente; propõe um escore de mediterraneidade dietética e o associa à longevidade.
Vale a pena conferir e meditar sobre seus hábitos.
Afinal, se vc privilegia a qualidade do combustível do seu carro, por que não prestar mais atenção ao que come e bebe?” veja no
Morpheus.


Vou cuidar melhor do meu combustível. Ainda bem que a tecnologia flex já está disponível.


Congresso dos EEUU cancela projetos aprovados. Sistema de revisão por pares ameaçado.

O Congresso dos EEUU cancelou 3 projetos aprovados pelo NIH. Em 24 de julho, a Câmara suspendeu o financiamento de projetos realizados no exterior do país, com financiamento pelo NIH.

Os estudos tinham como objetivo estudar abuso de drogas e comportamento de risco para HIV (um com alcoólatras russos, outro por prostitutas na China e um com transgenicos na Tailândia). O financiamento foi feito após análise de mérito dos projetos, mas o deputado que propôs o cancelamento entendeu que os recursos deveriam ser aplicados no próprio país.

Deputados Republicanos conservadores já tentavam interromper estudos desde 2003 e não conseguiram na era Bush. O irônico é que que tenham conseguido justamente agora quando o partido Democrata tem maioria na casa. veja mais


terça-feira, 4 de agosto de 2009

Rumo à ilha de plástico

Uma ilha, com quase três vezes o tamanho da Bahia, e quase desconhecida. Nenhuma excursão programada para lá até pouco tempo. Bem, pouca gente gostaria de ir para uma ilha de restos plásticos. Também conhecida como o grande vortex.


Expedition Sets Sail to the Great Plastic Vortex

“Plastic bags, plastic bottles, plastic toys — even last year's Crocs — end up in the shifting vortex, which some scientists estimate to be twice the size of Texas. And as plastic use increases, especially in rapidly growing developing nations on the western end of the Pacific, that vortex will continue to grow. "It's huge," notes Doug Woodring, an entrepreneur and ocean conservationist in Hong Kong. But "unfortunately the ocean is a big place, and once it's out of sight, it's out of mind."

É deve ser algo impressionante uma montanha destas de restos plásticos e não detectável por radar, devido à sua densidade.

“The Great Pacific Garbage Patch, also described as the Eastern Garbage Patch or the Pacific Trash Vortex, is a gyre of marine litter in the central North Pacific Ocean located roughly between 135° to 155°W and 35° to 42°N and estimated to be twice the size of Texas.[1] The patch is characterized by exceptionally high concentrations of suspended plastic and other debris that have been trapped by the currents of the North Pacific Gyre. Despite its size and density, the patch is not visible from satellite photography.” mais

Cerca de 20% do plástico que se acumula lá deve se originar de restos de embarcações, o restante é proveniente da terra.

Para quem quiser conhecer de perto, o projeto Kaisei envia dois barcos de estudo para a área. Já sairam, mas podem tentar se inscrever para a próxima.

“Project Kaisei consists of a team of innovators, scientists, environmentalists, ocean lovers, sailors, and sports enthusiasts who have come together with a common purpose. To study the North Pacific Gyre and the marine debris that has collected in this oceanic region, to determine how to capture the debris and to study the possible retrieval and processing techniques that could be potentially employed to detoxify and recycle these materials into diesel fuel. This first research expedition, scheduled for the summer of 2009, will be critical to understanding the logistics that would be needed to launch future clean-up operations and testing existing technologies that have never been utilized under oceanic conditions.” mais


domingo, 2 de agosto de 2009

Cuidado ao baixar música na internet

Domingo de chuva. Aproveite o tempo para rever seus dados, ler muitos artigos no seu tema. Escrever o seu manuscrito, adiantar a tese. Em algum momento, vai querer ouvir uma música. Como ninguém mais coloca um CD, a música vai ser no computador e provavelmente baixada da internet. Aí é que pode estar o problema.

Cuidado ao baixar suas músicas. Em tempo de crise a indústria fonográfica está muito rigorosa em coibir a atividade de baixar músicas sem a devida autorização e, mais importante para ela, pagamento.

Acaba de ser condenado nos EEUU a segunda pessoa por baixar música ilegalmente, e a multa é pesada.

O texto do NYTimes indica que a multa de US$675.000,00 poderia ter sido ainda maior (até de 4,5 milhões).

“A Boston University student has been ordered to pay $675,000 to four record labels for illegally downloading and sharing music.

Joel Tenenbaum, of Providence, R.I., admitted he downloaded and distributed 30 songs. The only issue for the jury to decide was how much in damages to award the record labels.

Under federal law, the recording companies were entitled to $750 to $30,000 per infringement. But the law allows as much as $150,000 per track if the jury finds the infringements were willful. The maximum jurors could have awarded in Tenenbaum's case was $4.5 million.”

Segundo El País não adiantou a postura de heroi da reistência contra a exploração da indústria fonográfica.

En el segundo caso en que un internauta se sienta en el banquillo en Estados Unidos por descargar y ofrecer música en Internet, Joel Tenenbaum, estudiante de 25 años, no convenció al jurado. Quiso presentarse como un pequeño héroe de la resistencia a las empresas discográficas, como un insignificante ciudadano que se descargó cientos de canciones para uso personal, sin ánimo de perjudicar a la industria. Pero la industria está en crisis y la piratería ha herido gravemente al negocio musical.

Un juzgado de Boston decidió el viernes que el estudiante era culpable y que debía pagar. Exactamente, 15.700 euros por cada una de las 30 canciones que se bajó.

Melhor esquecer este negócio de música baixada e voltar ao trabalho. Em todo caso, se pisar na bola, lembre que Joel recusou, em 2005, um acordo com as gravadoras pelo qual pagaria 2.104 euros.


Ilustração: Joel Tenenbaum, multado por piratería