Manoel Barral
Recentemente in trabalho dos Archives of Internal Medicine (2009;169:2078-2086,Radiation Dose Associated With Common Computed Tomography Examinations and the Associated Lifetime Attributable Risk of Cancer) chamou atenção para a possibilidade que o nível de radiação de um exame de tomografia computadorizada aumente o risco de câncer. Várias áreas e exames são citados como de risco elevado, incluido diversos tipos de scan que são muito comuns (CT de abdomen e pelvis, tórax e cabeça) ou envolvem doses relativamente elevadas de radiação (angiografia do tórax).
De acordo com os cálculos do artigo, o maior impacto da radiação decorrente de examesocorre em adultos de 35 a 54 anos, particularmente mulheres, por causa da maior frequencia de exposição.
Eles concluem:
“These detailed estimates highlight several areas of CT scan use that make large contributions to the total cancer risk, including several scan types and age groups with a high frequency of use or scans involving relatively high doses, in which risk-reduction efforts may be warranted.”
Luis Claudio Correia comentou este artigo no seu excelente blog Medicina Baseada em Evidências, no post Cuidado com a radiação. Ele alerta: “devemos lembrar que o risco não se limita ao raio x. Exames de cintilografia também oferecem radiação. Por exemplo, há quase quatro décadas os cardiologistas vêem banalizando a indicação de cintilografia miocárdica, cuja dose de radiação chega a 15 mSv no caso do Tecnécio.”
A tomografia computadorizada já havia sido tratada como fonte importante de radiação num artigo do New Engladn Journal of Medicine em 2007(Computed Tomography — An Increasing Source of Radiation Exposure). Naquele texto já alertavam: “We focus on the increasing number of CT scans being obtained, the associated radiation doses, and the consequent cancer risks in adults and particularly in children. Although the risks for any one person are not large, the increasing exposure to radiation in the population may be a public health issue in the future.”
Pouco depois da publicação do artigo do Annals, surgiram as notícias sobre a instalação de scanners nos aeroportos, motivado pela tentativa de atentado num vôo da Europa par os EEUU. O Guardian noticiou Invasion of the body scanners, dando ênfase ao custo do aparelho, ao retardo na rotina dos aeroportos e contra balançando com os aspectos de aumento da segurança. Grupos da Europa, protestaram alegando, entre outros aspectos perda de privacidade. Nos EEUU, a implantação da medida também foi notícia, mas o NY Times já chamou a atenção para os riscos de câncer: Cancer Risks Debated for Type of X-Ray Scan.
O telefone celular também já foi implicado como causador de câncer (Cellphones Cause Brain Tumors). Por outro lado, um estudo recente (Electromagnetic Field Treatment Protects Against and Reverses Cognitive Impairment in Alzheimer’s Disease Mice), publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, relaciona a exposição da radiação do telefone celular com proteção contra a Doença de Alzheimer. O estudo afirma que a exposição a ondas como as usadas nos aparelhos celulares, proporcionalmente ao uso de 2 horas diárias por 7-9 meses, leva a uma redução do depósito de beta-amiloide. Diz que camundongos, geneticamente determinados a desenvolver sintomas de Alzheimer melhoraram o desempenho em testes de memória. “It was even more astonishing that the electromagnetic waves generated by cell phones actually reversed memory impairment in old Alzheimer’s mice.” O blog do American College of Physicians (ACP Internist) noticiou no seu estilo habitual: “First off, who knew rodents could even develop Alzheimer's? Second, I'll take 100 shares in Nokia, please
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