sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Dare to disagree

Em mais um sucesso TED somos apresentados ao conceito de: "ouse discordar".  Pegue o seu café ou outra bebida preferida e assista, de camarote, a mais essa palestra atualíssima e que, merecidamente, ganhou uma standing ovation por parte da platéia.

"Most people instinctively avoid conflict, but as Margaret Heffernan shows us, good disagreement is central to progress. She illustrates (sometimes counterintuitively) how the best partners aren’t echo chambers -- and how great research teams, relationships and businesses allow people to deeply disagree."


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

"As duas culturas"

Em uma conversa recente com um amigo matemático do IMPA, ele me contou sobre uma palestra feita por João Moreira Salles (cineasta) na Academia Brasileira de Ciências. Nessa palestra, Salles falou sobre a super valorização das artes e humanidades em detrimento das ciências "duras" (matemática, física) e da engenharia, e as consequências do processo para o desenvolvimento tecnológico, científico e cultural do país. Achei aquilo interessante e hoje, lendo as Questões de Ciência, me deparei com o assunto, referenciando a mesma palestra. Adorei!

Na verdade, a palestra de Salles foi baseada em uma outra conferência, feita em 1959, pelo físico e escritor inglês C.P. Snow (desenho acima), na Universidade de Cambridge sobre a relação entre as ciências e as humanidades.

As duas culturas (The Two Cultures) is the title of an influential 1959 Rede Lecture by British scientist and novelist C. P. Snow. Its thesis was that "the intellectual life of the whole of western society" was split into the titular two cultures — namely the sciences and the humanities — and that this was a major hindrance to solving the world's problems.

"Snow observou que a vida intelectual do Ocidente havia se partido ao meio.  De um lado, o mundo dos cientistas; do outro, a comunidade dos homens de letras, representada por indivíduos comumente chamados de intelectuais, termo que, segundo Snow, fora sequestrado pelas humanidades e pelas ciências sociais. As características de cada grupo seriam bem peculiares. Enquanto artistas tenderiam ao pessimismo, cientistas seriam otimistas. Aos artistas, interessaria refletir sobre a precariedade da condição humana e sobre o drama do indivíduo no mundo. O interesse dos cientistas, por sua vez, seria decifrar os segredos do mundo natural e, se possível, fazer as coisas funcionarem. Como frequentemente obtinham sucesso, não viam nenhum despropósito na noção de progresso.  Estava estabelecida a ruptura: de um lado, o desconforto existencial, agravado pela perspectiva da aniquilação nuclear; do outro, a penicilina, o motor a combustão e o raio-X. Na qualidade de cientista e homem de letras, Snow se movia pelos dois mundos, cumprindo um trajeto que se tornava cada vez mais penoso e solitário. (Nota da autora: era 1959).

Segundo Snow, com a notável exceção da música, não há muito espaço para as artes na cultura científica: "Discos. Algumas fotografias coloridas. O ouvido, às vezes o olho. Poucos livros, quase nenhuma poesia." Talvez seja exagero, não saberia dizer. Posso falar com mais propriedade sobre a outra parcela do mundo, e concordo quando ele diz que, de maneira geral, as humanidades se atêm a um conceito estreito de cultura, que não inclui a ciência.  Os artistas e boa parte dos cientistas sociais são quase sempre cegos a uma extensa gama do conhecimento. Numa passagem famosa de sua palestra, Snow conta o seguinte: "Já me aconteceu muitas vezes de estar com pessoas que, pelos padrões da cultura tradicional, são consideradas altamente instruídas. Essas pessoas muitas vezes têm prazer em expressar seu espanto diante da ignorância dos cientistas. De vez em quando, resolvo provocar e pergunto se alguma delas saberia dizer qual é a segunda lei da termodinâmica. A resposta é sempre fria -e sempre negativa. No entanto, essa pergunta é basicamente o equivalente científico de 'Você já leu Shakespeare?'. "

Por que a cultura de ciência é tão desvalorizada entre nós? Por que saber física e matemática e biologia e química é ser nerd e saber de artes e música e cinema é ser intelectual? Quando o Bóson de Higgs foi anunciado, ganhou capas e capas de jornal. Quantas pessoas entendem o que essa descoberta significa significa? Tudo bem, esse exemplo não é dos melhores...

Mas o ponto é que cabe a nós, cientistas, fazermos nosso papel de divulgadores do nosso trabalho. Cabe a nós, mostrarmos para todo mundo que ciência é, sim, MUITO IMPORTANTE. Nós é que temos que valorizar o que fazemos, a ciência circula pelo mundo todo (Sciencia Totum Circumit Orbem) e deve ser estimulada tanto quanto as artes, música, dança, teatro e cinema. Por que não  incluir a ciência nos projetos sociais, em comunidades carentes. Assim como um jovem pode despertar para o balé ou a música, ele não poderia também se maravilhar com um kit de "O pequeno químico"? 

Termino com uma questão: por que a profissão de cientista só existe em filme de ficção? Nós não somos trabalhadores como o advogado, o professor, o empresário? Exemplo cotidiano: aquela revista que vem no avião com fotos de pessoas viajando para lá e cá e onde se lê:  Profissão: stylist, publicitário, dentista, bancário... E o matemático, físico, químico? Nunca vi. 

O post de hoje vai em homenagem a Aldina Barral, aniversariante do dia. Profissão: CIENTISTA.




segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Cool Science Image Contest 2012

A foto abaixo ganhou um a menção honrosa no Cool Scinece Image Contest de 2012.
How cool is that?

Monster Inside Me, Chia-Hung Christine Hsiao
A tropical infectious disease called Leishmaniasis is spread by sand flies. When bitten, the Leishmania parasite is delivered from the saliva of the sand fly into the bloodstream. The parasite is taken up by immune cells and will stay inside the cell to avoid being eliminated by the host. This confocal microscope image shows the interaction between the parasite and the host cell. The intruders are engulfed through a phenomenon termed phagocytosis.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Intranasal Administration of poly(I:C) and LPS in BALB/c Mice Induces Airway Hyperresponsiveness and Inflammation via Different Pathways

Post de Diego Moura Santos

As infecções respiratórias, tanto virais quanto bacterianas, são conhecidas por promoverem uma hiper-responsividade das vias aéreas (AHR) em pacientes asmáticos. O desenvolvimento da AHR é freqüentemente considerado como resultado de uma resposta inflamatória, no qual a ativação da imunidade inata constitui um elemento crítico neste processo. Entretanto, o mecanismo por trás desta inflamação não está completamente elucidado. Com o objetivo de estudar a relação entre a infecção e o desenvolvimento da AHR, os autores[1] utilizaram ligantes de TLR-3 (poly I:C) e TLR-4 (LPS) para mimetizar a infecção viral e bacteriana, respectivamente e analisar se estes ligantes de TLRs são capazes de induzir a AHR.
Camundongos BALB/c foram tratados com poly I:C, LPS ou PBS por quatro dias consecutivos. No quinto dia foi observado que o grupo tratado com poly I:C e outro grupo tratado com LPS foram capazes de induzir a AHR. Para avaliar o recrutamento celular e a resposta inflamatória, foi realizada a lavagem broncoalveolar nestes camundongos tratados. Com relação ao recrutamento celular, foi observado que o tratamento com LPS induziu maior quimiotaxia celular (33,0 x 104) do que o PBS (4,6 x 104). Este aumento não foi significativo no grupo da poly I:C (7,5 x 104). A análise do tipo celular mostrou que o tratamento com LPS recrutou um maior número de neutrófilos, enquanto a poly I:C recrutou mais linfócitos. A análise histológica comprovou os resultados descritos acima. No momento que os autores fizeram o mesmo esquema de tratamento em camundongos C57BL/6 MyD88-/-, eles observaram maior recrutamento de células no grupo tratado com a poly I:C e não observaram o recrutamento de neutrófilos  no tratamento com LPS. Este resultado sugere que o influxo de neutrófilos é mediado através do MyD88. 
Para caracterizar as diferenças nas respostas inflamatórias induzidas pela poly I:C e o LPS, os autores avaliaram a produção de citocinas no lavado broncoalveolar. O tratamento com a poly I:C induziu maior produção de IL-5, IL-12, MCP-1 e KC, que são mediadores imunes mais relacionados com a estimulação viral. Enquanto o LPS induziu mais MIG e VEGF. 
Em suma, os autores demonstraram que a poly I:C (ligante de TLR-3) e o LPS (ligante de TLR-4) foram capazes de induzir a AHR. Entretanto, a caracterização dos mediadores imunes realizada no trabalho, como o MCP-1 e a KC não apresentaram uma relação direta com o tipo celular recrutado. No grupo tratado com LPS foi observado intenso recrutamento de neutrófilos, mas a produção de KC foi baixa. Desta forma, ajustes no desenho experimental, com a inclusão de avaliações do recrutamento celular e mediadores imunes em tempos mais iniciais seria imprescindível.  



ResearchBlogging.org Starkhammar M, Kumlien Georén S, Swedin L, Dahlén SE, Adner M, & Cardell LO (2012). Intranasal administration of poly(I:C) and LPS in BALB/c mice induces airway hyperresponsiveness and inflammation via different pathways. PloS one, 7 (2) PMID: 22355412

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Novos aspectos do CV Lattes


Saiu uma nova versão do CV Lattes. Há muitas novidades e vou destacar três:
  • Maior ênfase nos aspectos de Educação e Popularização de C&T, incluindo posts em blogs;
  • Ênfase e facilidade nos tópicos de Propriedade Intelectual - Inovação;
  • Indicadores de produção científica e rede de colaboradores.


Educação e Popularização de C&T.
A lista de itens cresceu bastante (veja abaixo) e é possível incluir posts em blogs. O colaboradores do Totum e do SBlogI devem registrar a produção lá.
Patentes
Agora com o número da patente são recuperados os metadados da base do INPI. 
A lista de bancos de patentes cresceu e em breve deverá ser possível também importar os dados a partir de outros bancos.
Indicadores da produção científica
Os indicadores de produção e a rede de colaboradores pode ser acessada antes de abrir o CV Lattes. Veja abaixo onde se situam. 
Os indicadores evoluíram bastante. Entre os vários aspectos, já ocorre o cálculo do fator h (tanto no ISI quanto no Scopus) com base nos artigos listados no CV.
Também é muito interessante a listagem das principais revistas onde ocorreram as publicações com indicação do fator de impacto da revista (passar o mouse sobre o ícone do JCR) e do número de publicações feitas em cada uma.

Por fim, veja a rede de colaboradores (não funciona muito bem no Safari). Dá uma idéia rápida de rede de colaboradores com publicações em conjunto. 









segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Discussão do Código de Ciência, Tecnologia e Inovação

A Presidência da SBPC repassou para as regionais, cópia do Código de Ciência, Tecnologia e Inovação que está em tramitação inicial no Congresso Nacional.
Esse material foi elaborado por procuradores do Conselho das Fundações de Apoio à Pesquisa (CONFAP) e Conselho das Secretarias de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (CONSECTI), e conta com o apoio da SBPC, ABC, ANDIFES, entre outras.
Segundo a Presidência da SBPC, esse material necessita de adequação para realmente atender às nossas necessidades.
A SBPC reunirá todas as sugestões, compilando-as em um único documento que será então avaliado por procuradores com a finalidade de observância das legislações ora vigentes.

A nacional está aguardando observações criticas e sugestões ao texto até o próximo dia 20 de setembro de 2012.


Como temos pouco tempo, penso que só teremos condições de opinar aqui pela rede.

Para não pesar na msg postei o documento na página da regional.

O link está aqui: https://blog.ufba.br/sbpcbahia/2012/09/15/codigo-de-ciencia-tecnologia-e-inovacao/
abs
Nelson Pretto
Secretário Regional - SBPC.BA

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O risco de não vacinar

O assunto já foi tratado aqui no Blog, há algumas semanas. Agora trago um artigo publicado na revista The Scientist.


Opinion: The Risk of Forgoing Vaccines

Herd immunity, or the protection of individuals who are not vaccinated due to generally high vaccination rates within a population, does not currently exist in many pockets of the US.


Given the direct benefit to the individual of immunity against disease, vaccination, is not completely altruistic.  However, immunization provides a significant benefit to society. One can liken a human newborn, or a person who cannot get vaccinated, to a vulnerable bird with ticks on the top of its head.  As individuals, we cannot fully protect these people from infectious disease, and instead we rely on herd immunity. If society is made up mostly of “suckers” that have expended the energy and cost to get vaccinated, then the vulnerable will be protected due to the absence or reduction of disease transmission. But if a significant percentage of individuals decides against vaccination, for one reason or another, we may lose herd immunity, and infectious disease will spread.
Unfortunately, we are beginning to see signs of this phenomenon, due in part to parents refusing to vaccinate their children because of the fear that it could cause autism—the now completely debunked message delivered by Andrew Wakefield in 1998.
In 2010, Idaho was ranked last in the country for routine childhood vaccination rates. Low rates have been a trend in this state for the last several years, and are likely due to limited access to vaccines as well as vaccine refusal.  According to the National Immunization Survey, Idaho has only a 63.7 percent vaccination rate for the early childhood vaccination schedule (aged 19-35 months). These rates of vaccination are nowhere near the 85-95 percent levels required for herd immunity protection against most diseases. Unfortunately this means many children in Idaho are running the risk of diseases like pertussis, measles, and meningitis.  And Idaho is not alone; other states, such as Montana, New Jersey, and Utah, also report low rates for early routine vaccinations. These rates are lower than some developing countries, and while overall childhood vaccination in the United States remains reassuringly high (levels at 90 percent or higher on average), these pockets of vulnerability are very concerning to public health officials.
Indeed, we are already seeing evidence of disease reemergence. In 2000, there was no endemic transmission of measles in United States, and this disease was declared eliminated. However, measles is one of the most transmissible diseases on earth, requiring vaccination rates of higher than 95 percent to achieve herd immunity. And in 2011, the country had more than 200 cases, many of which were imported from Europe, which is currently experiencing large measles outbreaks, with over 26,000 cases in 36 countries, as reported by the World Health Organization. Whooping cough is also on the rise. From January to October 2010, there were 455 infants hospitalized in California and 10 deaths due to Bordetella pertussis, the highest number of cases in over 60 years, according to the Centers for Disease Control and Prevention.
Parental refusal has contributed to this increase in disease transmission.  It is clear that Andrew Wakefield’s work, though it has been thoroughly debunked and removed from the literature, is far from forgotten.
As a scientist I recognize that we are not always the best communicators. When it comes to vaccines, this is particularly relevant. It is not enough to make safe vaccines that protect people from disease; we must convince the public that they are safe and effective. This may be a tall order given the current cultural climate, but one that is imperative for immunization programs to be effective. Showing data and statistics that refute claims by detractors does not do much to stop the spread of fear about vaccine safety.  However, there are real lives that are saved by vaccines, and information about vaccine-preventable diseases may be the best way to inform. Among the many differences between us and the tick-pickers is that we are capable of seeing the future and the need to protect the population. Even if this means we have to go against individualism and act a little bit like a sucker.
Juliette K. Tinker is an assistant professor in the Department of Biological Sciences at Boise State University.



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Revisão por pares e cientometria por fator de impacto


Um artigo interessante do The Guardian sobre fator de impacto e revisão por pares. Como seria interessante que jornais brasileiros tratassem de temas sofisticados de ciência....

Veja trechos:

"One of the challenges faced by research funders – both public and private – is how to maximise the amount of work being done on important problems, without institutionalising any particular dogma which may suppress novel ideas. The most common arrangement is to fund good researchers but refrain from being overly prescriptive about outcomes, and, in turn, the way to identify good researchers has been to look at the publications that follow the research they fund.
In 1955, Eugene Garfield, the founder of the Institute for Scientific Information (now part of Thomson Reuters), introduced a means for identifying influential journals according to the number of times work appearing in them was cited. This process results in a number called the impact factor (IF), and it's build on the assumption that those whose works have been the most influential will be the most cited.
However, as anyone who's compared the Twitter following of, say, pop singerRihanna to astrophysicist Neil deGrasse Tyson knows, influence is only one dimension of importance. While useful for many (pre-digital) years, the IF system, not unlike some celebrities, is not aging gracefully. Not only has it been widely misapplied, it has also had some unintended side effects."
Leia o artigo todo aqui.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Writing in the Sciences


Precisa de uma ajuda para escrever seu paper? Está cansado/a de escrever sempre do mesmo jeito? Não entende porque os revisores sempre dizem que o "English needs revising"?

Seus problemas acabaram! Vem aí um curso online (disponível no site Coursera). O curso é oferecido por professores da Stanford University (chique!) e tem como objetivo:


This course teaches scientists to become more effective writers, using practical examples and exercises. Topics include: principles of good writing, tricks for writing faster and with less anxiety, the format of a scientific manuscript, and issues in publication and peer review.

Next session: 24, September 2012 (NaN weeks long)
Workload: 4-8 hours/ week 

Course Syllabus

Week 1 (September 24-30): Introduction; principles of effective writing (cutting unnecessary clutter)
Week 2 (October 1-7): Principles of effective writing (verbs)
Week 3 (October 8-14): Crafting better sentences and paragraphs
Week 4 (October 15-21): Organization; and streamlining the writing process
Week 5 (October 22-28): The format of an original manuscript
Week 6 (October 29-Nov. 4): Reviews, commentaries, and opinion pieces; and the publication process
Week 7 (November 5-11): Issues in scientific writing (plagiarism, authorship, ghostwriting, reproducible research)
Week 8 (November 12-18): How to do a peer review; and how to communicate with the lay public
Course Format
The class will consist of lecture videos that are broken into short chunks. Many videos include interactive practice exercises or integrated quiz questions. There will also be standalone writing and editing exercises that are not part of the videos. Workload: one to two hours of video content plus one homework assignment per week; homework will include: editing exercises; two short papers; and peer editing.
É só clicar no site (abaixo) e se inscrever.
By the way: It's completely free!!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Round 10 of Grand Challenges Explorations


Dear Colleagues:

The Bill & Melinda Gates Foundation is now accepting grant proposals for Round 10 of Grand Challenges Explorations, an initiative to encourage innovative and unconventional global health and development solutions. Applicants can be at any experience level; in any discipline; and from any organization, including colleges and universities, government laboratories, research institutions, non-profit organizations and for-profit companies.

Two-page grant proposals are being accepted online until November 7, 2012 on the following topics:

* Labor Saving Innovations for Women Smallholder Farmers
* New Approaches in Model Systems, Diagnostics, and Drugs for Specific Neglected Tropical Diseases
* New Approaches for the Interrogation of Anti-malarial Compounds 
* Aid is Working. Tell the World.

Initial grants will be US $100,000 each, and projects showing promise will have the opportunity to receive additional funding of up to US $1 million. Full descriptions of the topics and application instructions are available at: www.grandchallenges.org/gce

To learn more about the Grand Challenges Explorations program and the Grand Challenges in Global Health program:

* View our Interactive Map that gives information on 813 grants that have been awarded for projects in 49 countries: www.grandchallenges.org/Pages/GrantsMap.aspx
* Meet the Grand Challenges community through videos at www.grandchallenges.org/Pages/VideoGalleries.aspx and project slideshows at www.grandchallenges.org/Pages/PhotoGalleries.aspx

We look forward to receiving innovative ideas from around the world and from all disciplines. If you have a great idea, apply here: www.grandchallenges.org/gce. If you know someone who may have a great idea, please forward this message.

Thank you for your commitment to solving the world's greatest health and development challenges.

_____________________________________

Guided by the belief that every life has equal value, the Bill & Melinda Gates Foundation works to help all people lead healthy, productive lives.


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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

PLOS Global Participation Initiative


PLoS Blog


PLOS is pleased to announce a program to increase the global participation of authors in open-access publishing. On September 4th, 2012, we launched the PLOS Global Participation Initiative, which aims to encourage submissions from researchers around the world who may previously have been prevented or limited in their ability to publish in open-access journals.
Our mission is to reduce and, if possible, eliminate unnecessary barriers (including cost) to the immediate availability, access and use of research while pursuing a sustainable publishing model in which openness, quality and integrity are central.
The first program in this new initiative aims to tackle barriers to publication based on cost, specifically addressing the lack of funding for publication faced by authors in many countries. The program is outlined below:
Low- and middle-income countries:
  • Group One – countries on this list will not be charged
  • Group Two – countries on this list will be charged a flat publication fee of $500
Upper middle- and high-income countries will continue to be charged our standard publication fees.
Please note: Our fee waiver policy remains unchanged. Editors and reviewers have no access to whether authors are able to pay; decisions to publish are only based on editorial criteria.
PLOS developed the Global Participation Initiative in consultation with its International Advisory Group (IAG), which is a group of eminent individuals from around the world whose aim is to ensure that we address issues that will encourage global participation. We analyzed multiple data sources to establish the parameters of the program by examining Gross National Income per capita and national expenditure on Research and Development.
Addressing the financial barriers to publication is an important first step towards the goal of ensuring the widest possible global participation in open-access publishing.
Please visit “Viewpoints” for more background on PLOS’ Global Participation Initiative.

Nota da Autora: o Brasil não está em nenhuma das duas listas. Portanto, se você acredita em Open Access mas não quer/pode pagar o valor indicado (US$2250 para o PLoS NTDs), prepare o seu pedido de desconto (waiver) e prepare bem!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

DÍA VIRTUAL DE E-SALUD

DÍA VIRTUAL DE E-SALUD
Esta actividad tiene como objetivo ofrecer a los participantes la posibilidad de conocer experiencias exitosas de tele-medicina/e-salud, aplicado a proyectos de investigación de diversas áreas disciplinarias de alto impacto en América Latina.
El Día Virtual de e-Salud es una actividad organizada por RedCLARA, en estrecha colaboración con las Redes académicas de Brasil (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, RNP); de Panamá (Red Científica y Tecnológica de Panamá, RedCyT) y de Venezuela (Red Académica Nacional de Venezuela, Reacciun).
Esperamos contar con la participación de todas nuestras comunidades y de investigadores, docentes y académicos de América Latina insertos en el ámbito de la Medicina y/o de las Ciencias de la Salud, así es que reserven desde ya el día y la hora de este encuentro.

El temario del Día Virtual de e-Salud:

15.00 hrs: Bienvenida y ajustes de conexión - Luis Núñez (Gerencia Relaciones Académicas)

15.10 hrs:  Manuel Rubio del Solar y José Miguel Franco Valiente (Centro Extremeño de Tecnologías Avanzadas. Investigación en tecnología informática, Trujillo-España). "Proyecto IMED: La experiencia de CETA-CIEMAT en la investigación en métodos de ayuda al diagnóstico de cáncer de mama". 
15.25 hrs:  Félix Mosquera (Universidad de Panamá, Panamá). "Experiencia en La Red Universitaria de Hospitales Docentes para Educación e Investigación y las Lecciones Aprendidas".
15.40 hrs: Héctor Arrechedera (Universidad Central de Venezuela, Venezuela). "SOS Telemedicina para Venezuela: lecciones aprendidas, retos y oportunidades".

16.00 hrs: Eduardo Romero (Universidad Nacional de Colombia, Colombia).

16.15 hrs: Luiz Ary Messina (Red Universitaria de Telemedicina, Brasil). "Integración de la Red Universitaria de Telemedicina RUTE de Brasil  a la América Latina y el Caribe".

16.30 hrs: Preguntas y Comentarios de los asistentes en sala y por streaming
 


Fechas:12 septiembre 2012 (15:00-17:00)
Zona Horaria:GMT
Ubicación:RedCLARA
América Latina
Sala: Salas de Video Conferencias
Directores:Núñez, Luis
VNOC, VNOC
Srta. Soto, Viviana
Información adicional:Para participar en esta conferencia es INDISPENSABLE registrarse a través del formulario a través de esta página

NOTA: Todos los horarios están expresados en GMT/UTC(Greenwich Mean Time; Tiempo Universal Coordinador). Puede revisar su horario local en el siguiente enlace:http://www.worldtimeserver.com/convert_time_in_UTC.aspx 

A) FECHAS IMPORTANTES:

Último día para registro en el Gestor de evento: miércoles 7/9/2012 hasta las 17GMT

Primera prueba: lunes 10/9/2012, entre las 15.00 y las 17.00 horas GMT (sólo podrán participar quienes se hayan registrado correctamente en el Gestor de eventos)

Segunda prueba: martes 11/9/2012, entre las 15.00 y las 17.00 horas GMT (sólo podrán participar quienes se hayan registrado correctamente en el Gestor de eventos)

Día Virtual de e-Salud: miércoles 12/9/2012, entre las 15.00 y las 17.00 horas GMT (sólo podrán participar quienes se hayan registrado correctamente en el Gestor de eventos)

B) OTROS DATOS IMPORTANTES:

Disponible a través del streaming: http://200.0.206.126/streaming_infodays/ 

Información adicional: a través del correo diasvirtuales@redclara.net

Contactos durante las pruebas y el evento: contacto skype dias.virtuales

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Variações genéticas de TLR-4, TLR-9 e TIRAP em pacientes com malária


TLR e TIRAP na mediação da transcrição de citocinas inflamatórias. 
Por Lígia Correia Lima de Souza
A malária está entre as três principais doenças infecciosas do planeta, no ano de 2010 a incidência foi cerca de 216 milhões de casos e 655.000 mortes. Os casos de malária grave cursam tipicamente com anemia, acidose metabólica, hipóxia, hipoglicemia, acidose lática, hipotensão e por vezes com malária cerebral. Nessa gama de manifestações, mediadores inflamatórios são de ampla importância na manifestação da doença grave. Para deflagrar a produção desses mediadores inflamatórios os TLRs (Toll-like receptors) desempenham um papel importante(ver figura).
Através do reconhecimento de padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs), os TLRs promovem não somente a produção de citocinas inflamatórias, como também, a migração e maturação de células dendríticas, facilitando a comunicação entre a imunidade inata e a adquirida. A via mediada pelo TLR com produção de citocinas inflamatórias pode ser intensificada ou atenuada por polimorfismos genéticos nesses receptores ou em moléculas associadas. Em humanos TLR2, TLR4 e TLR9 estão envolvidos na resposta contra o plasmódio. Neste sentido, Zakeri et al  (2011) investigou SNPs (Single nucleotide polymorphims) nos genes de TLR4, TLR9 e de TIRAP (uma proteína adaptadora associada com TLR) e os relacionou com o desfecho da infecção por malária leve em uma população iraniana. 
Para isso, estudou-se 640 indivíduos - 320 saudáveis e 320 com malária sintomática. Foram feitos testes de PCR para constatar a infecção por Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum ou coinfecção. Através de PCR seguido por corte com enzima de restrição (método RFLP – restriction fragment lenght polymorphim) e leitura em eletroforese com gel de agarose, bem como por meio de sequenciamento dos genes referidos, os seguintes polimorfismos foram analisados:
  • No gene de TLR4 investigou-se D299G e T399I (SNPs que alteram o sítio de ligação do TLR e são correlacionados com malária grave)
  • Na região promotora de TLR9 investigou T-1486C e T-1237C (associados com asma e malária placentária respectivamente)
  • No gene de TIRAP o SNP S180L foi estudado (relacionado à redução da sinalização de TLR2 e TLR4, e a heterozigose é relacionada à proteção em malária grave e a uma resposta inflamatória moderada).
Entre os indivíduos infectados todos apresentaram monoinfecção por P. falciparum com malária leve. Após a análise dos polimorfismos descritos, não foi encontrada associação entre a distribuição dos alelos dos polimorfismos pesquisados e manifestações clínicas. Em seguida, analisou-se a frequência genotípica, não sendo encontrada associação entre os SNPs de TLR4, ou de TLR9 e as manifestações clínicas de malária leve.  Por outro lado, heterozigose do SNP S180L do gene TIRAP foi mais frequente entre os indivíduos infectados que entre os não infectados (33.8 vs. 25.6; OR, 1.479; 95% CI, 1.051-2.081; P = 0.024).
Em diálogo com outros trabalhos, o estudo de Zakeri et al (2011), ao demonstrar níveis maiores de heterozigose de SNP S180L do gene TIRAP em indivíduos com malária leve, pode ratificar os trabalhos anteriores que associam o papel do SNP S180L com a proteção contra malária grave. Os heterozigotos para esse polimorfismo têm níveis intermediários de ativação das vias de TLR2 e TLR4, apresentando, portanto, uma resposta inflamatória moderada e protetora (com malária leve).
Por fim, entender a relação entre os polimorfismos e a gravidade, suscetibilidade ou resistência à malária é um grande avanço para a elaboração de estratégias terapêuticas e identificação de alvos para vacinas. Contudo, outros estudos em distintas populações são necessários para confirmar a relevância de tais variabilidades genéticas no desfecho clínico da malária e de outras doenças infecciosas.
ResearchBlogging.org
Sedigheh Zakeri, Sakineh Pirahmadi, Akram A Mehrizi, & Navid D Djadid (2011). Genetic variation of TLR-4, TLR-9 and TIRAP genes in Iranian malaria patients Malaria Journal , 10 DOI: 10.1186/1475-2875-10-77

STEVENSON, M.M., RILEY E.M. Innate Immunity to Malaria. Nature Reviews, Immunology, March 2004 | Volume 4.
WHO, 10 facts on malária disponível em: http://www.who.int/features/factfiles/malaria/en/index .html, acesso em: 01 de set. 2012.