quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Daniel Ruiz relata: Novos métodos de imagem, no SBI 2010

Post de Daniel Ruiz
No XXXV Congresso da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI-2010), celebrado em Porto Alegre (Rio Grande do Sul), houve um grupo de palestras relacionadas com técnicas de visualização in vivo que achei interessantes (veja a twintrenvista com Camila Oliveira, coordenadora da Mesa Redonda) e ainda pensei que poderiam ser aplicadas algum dia no LIMI e LIP. Concretamente a palestra apresentada por Gabriel Victora (veja a twitrenvista), da NY University & The Rockfeller de Estados Unidos, entitulada “Multiphoton Microscopy using Photoactivatable Green Fluorescent Protein Reveals Mechanisms that Govern Germinal Center Selection”.  
A microscopia multifotônica é uma melhora da microscopia de fluorescência convencional, onde a fonte de emissão da fluorescência é focalizada, evitando em grande medida o efeito da florescência de fundo (figure. 1). 




Figura 1. Base da excitação Multifotônica.  
No trabalho apresentado por Gabriel Victora, alem de conseguir ajustar com grande precisão o foco de emissão da fluorescência, os autores complementam esta técnica de microscopia multifotônica com o uso da proteína marcadora verde fluorescente (GFP) fotoativa: microscopia confocal. Esta proteína da família GFP, também isolada de Aequorea victoria, tem a incrível característica de uma vez ativada a 488nm, emitir uma grande fluorescência e permanecer ativada (emitindo florescência) durante longos períodos de tempo, horas e inclusive dias (Patterson GH, Lippincott-Schwartz J. 2002. Science). O uso desta variante de GFP permite estudar a dispersão da proteína marcada com o tempo após do pulso de ativação da mesma. Evidentemente não posso mostrar aqui os slides que foram mostrados na palestra, já que não disponho deles, mas mostro um exemplo dos resultados obtidos com esta técnica publicados recentemente (Calvert PD et al. 2010 . J Gen Physiol). Nesta mesma publicação, que é de acesso livre, tem filmes que mostram os resultados obtidos, já que esta metodologia permite analisar tudo em tempo real (aqui). Muito bacana.





Figura 2. Analises do transporte de proteínas ao longo dos cílios conectores (CC) do fotoreceptor rod da retina de Xenopus  usando microscopia multifotônica e GFP-fotoativa.

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