Recentemente, discutimos aqui os perigos do pagamento dos custos de publicação pelo autor. Artigo recente (13/06) de Wanderley de Souza publicado no Jornal do Brasil trata do tema do pagamento de artigos.
"A cada ano aumenta o número de artigos científicos publicados nas mais variadas áreas do conhecimento. ...
Muitas vezes nos deparamos com o dilema entre publicar em uma revista clássica da área e conhecida por todos, mas que tem menor índice de impacto, ou por uma nova e que já conta com índice maior. Acresce ainda o fator econômico, uma vez que existem hoje, pelo menos, três tipos de revistas.
Primeiro, as publicadas por grandes editoras tradicionais, .... Estas não cobram pela publicação e muitas vezes ainda oferecem algumas cópias do artigo ou a sua versão em pdf. O segundo tipo de revista é, em geral, publicado por associações científicas, contam com elevado prestígio e cobram valores variáveis, algo em torno de US$ 80 por página. O terceiro inclui as revistas exclusivamente on-line e de livre acesso, mas que cobram do autor valores que vão de US$ 800 a US$ 3 mil a título de manutenção do sistema de livre acesso. ...
A Wellcome Trust, importante agência inglesa, obriga a que o artigo seja disponibilizado gratuitamente tão logo seja publicado. Para isto, libera recursos ao pesquisador, da ordem de US$ 3 mil por artigo, no sentido de que tal regra seja cumprida. Com isto, estes artigos poderão ser lidos por um número maior de pesquisadores, objetivo principal de todos os autores.
Esta política aumenta a chance de que um determinado artigo tenha maior impacto, seja mais citado por outros autores e, com isto, aumente o prestígio da revista que o publicou. No Brasil, as agências ainda não fixaram uma política em relação às publicações científicas. No entanto, isto é uma questão de tempo, uma vez que regulamentar a publicação de artigos científicos pelas agências que os financiam é uma tendência mundial." Leia o artigo completo.
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