Uma matéria da Folha de São Paulo (08/07), a partir da presença de CVs falsos na Plataforma Lattes do CNPq, insinuou que a Plataforma representava um gasto excessivo. Logo no dia seguinte, houve manifestações de membros da comunidade em apoio à Plataforma.
No dia 11/07, Rogerio Meneghini publicou artigo interessante sobre o tema. Entre outros aspectos ele diz:
“A Plataforma Lattes tem hoje mais de 1 milhão de currículos e, diariamente, são feitas dez mil atualizações. Pode-se imaginar o que a cultura brasileira de deixar ao Estado a responsabilidade de verificar a exatidão dos dados significaria em inchamento da máquina burocrática do CNPq e a decorrente subtração de recursos para a pesquisa.”
Hoje (12/07) foi publicada parte da Nota da Sociedade Brasileira de Imunologia sobre o tema:
"A Plataforma Lattes permite o acesso fácil aos currículos das pessoas envolvidas com ciência e tecnologia no Brasil. Ela representa um avanço importante na identificação de indivíduos atuantes nos diversos campos e permite um mapeamento da nossa capacidade científica. Ademais, é um mecanismo de transparência na avaliação da produção científica brasileira.
Vemos com preocupação que a credibilidade desse valioso instrumento seja questionada pela existência de fraudes. O esforço no combate às informações falsas no Lattes é feito constantemente pela própria comunidade científica -o que reforça a importância de um instrumento público de fácil acesso.
Registramos, ainda, que instrumentos de conferência automática de dados foram agregados recentemente, o que aumenta sua credibilidade. Reafirmamos a nossa confiança nas medidas que o CNPq tem tomado para reduzir os problemas detectados. Não nos resta dúvida de que a comunidade científica brasileira é formada na sua imensa maioria por indivíduos que apresentam dados corretos nos seus trabalhos e nos seus currículos."
ALDINA BARRAL, presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia (Salvador, BA)
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