Atualmente existem numerosos rankings mundiais de universidades. Já divulgamos uma extensa lista deles no post Rankings de universidades. Há pouco, o colega Emilio Silva, enviou-me artigo sobre a divulgação do ranking do The Times Higher Education (THE), veja as 20 primeiras na figura acima.
Esta é a sétima edição deste ranking e houve mudanças significativas de fonte e de metodologia, o que resulta, também, em mudanças de alguns postos. Agora o THE usa os dados da Thomson Reuters e consulta a 50 consultores de 15 diferentes países e não são modestos: “We believe we have created the gold standard in international university performance comparisons.” Eu não teria tanta confiança, o ranking “The Academic Ranking of World Universities (ARWU)” publicado pela Graduate School of Education, Shanghai Jiao Tong University (GSE-SJTU) tem recebido muito mais atenção.
De todo modo, o THE considera 13 indicadores de performance em cinco categorias:
- Teaching — the learning environment (worth 30 per cent of the overall ranking score)
- Research — volume, income and reputation (worth 30 per cent)
- Citations — research influence (worth 32.5 per cent)
- Industry income — innovation (worth 2.5 per cent)
- International mix — staff and students (worth 5 per cent).
No Times Higher Education aparece um artigo de análise dos dados obtidos pela América Latina The goals will come, que indica os problemas da região:
“The main contenders are the continent’s great public universities such as the University of Buenos Aires. These are, however, saddled with cumbersome, bureaucratic and sometimes politicised governance structures. They rely mainly on part-time faculty – and part-timers can never be the basis of a research university. They are also under-funded and most are unable to charge tuition fees to their students.”
e apresenta um tom positivo para o Brasil:
But Brazil looks likely to score some big successes soon.
Indeed, the University of São Paulo was very close to making it into the table of the top 200 institutions for 2010-11 …. the State University of Campinas and São Paulo State University are also sitting just outside the top 200.
Ao falar da USP, chama a atenção que ela forma mais PhDs que qualquer universidade americana, mas que tem problemas sérios com as modalidades de contratação de pessoal e sua pouca inserção internacional (apenas 3% dos doutorandos são de fora do Brasil). A análise continua em vários outros aspectos, inclusive de produção científica e investimento (aqui).
Há uma reportagem atual sobre o tema no portal Exame: As melhores universidades em produção científica considerando o GSE-SJTU. Seis universidades brasileiras aparecem entre as 500 melhores: USP; UNICAMP; UFMG, UFRJ e UNESP empatadas e UFRGS.
Para ter uma idéia da variação das classificações
Universidade | SJTU | Webometrics |
USP | 101 | 122 |
UNICAMP | 201 | 239 |
UFMG | 301 | 470 |
UFRJ | 301 | 386 |
UNESP | 301 | 801 |
UFRGS | 401 | 243 |
UFBA | Não aparece | 868 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário