quarta-feira, 27 de maio de 2009

No Brasil, ciência ainda não é prioridade

Artigo de Wanderley de Souza publicado no “Jornal do Brasil” (12 de maio):


Todos os indicadores disponíveis apontam para um crescimento da atividade de pesquisa científica e tecnológica no Brasil. Gradualmente, estamos ocupando uma posição de destaque internacional,......

Primeiro, na fase de análise da proposta orçamentária enviada pelo governo, ao invés de se ampliar o orçamento sugerido pelo executivo, como foi feito várias vezes no passado recente, ampliaram-se despesas em vários setores onde a repercussão eleitoral é mais imediata e reduziu-se o orçamento do MCT de R$ 5,1 bilhões para R$ 4, 21 bilhões. Logo, um corte da ordem de quase R$ 1 bilhão.


Como se esta redução fosse pequena, agora o Decreto 6.808 de trinta de março último faz mais um corte, e passa o orçamento para R$ 3,93 bilhões. O quadro é ainda mais preocupante, uma vez que parcela significativa do orçamento do MCT é proveniente dos Fundos Setoriais, sendo o Fundo do Petróleo o mais importante.


Em consequência da redução do valor do barril de petróleo no mercado internacional, setores da economia fluminense, onde esta área predomina no Brasil, já apontam para uma redução de cerca de 35% nos recursos oriundos dos royalties, afetando assim o volume de recursos globais dos fundos setoriais.


Tudo isto coloca a atividade científica em situação instável. Vários dirigentes de grupos de pesquisa já manifestam, por enquanto nos corredores de suas instituições, uma certa perplexidade. É fundamental que ocorra uma mobilização da comunidade científica no sentido de se mostrar aos poderes executivo e legislativo e a sociedade em geral, a necessidade que o país prossiga no plano de fortalecimento da Ciência brasileira.


Leia o artigo completo.

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