Post de Sarah Falcão (LIP-CPqGM/FIOCRUZ)
Este trabalho visou determinar o potencial da sinalização via TRAIL em modular a apoptose neutrofílica, durante uma inflamação caracterizada pela presença maciça de PMNs. Com este intuito, foram utilizados dois modelos: dano agudo pulmonar mediado pelo LPS e peritonite induzida por zymozan. Inicialmente, PMNs obtidos de sangue periférico de animais B6 WT e TRAIL deficientes, receberam doses de TRAIL exógeno e foi visto, in vitro, por microscopia, um aumento da porcentagem de apoptose após 6 e 18hs de incubação em ambas linhagens. Após a indução de inflamação pela infiltração de LPS e, posterior lavagem bronco-alveolar, foi mostrado um aumento do número células totais após 48hs no animal TRAIL deficiente, assim como, o número total e a porcentagem de PMN. Entretanto, a porcentagem de apoptose foi significantemente maior nos animais WT e o mesmo foi observado quanto à expressão de Anexina V. A apoptose foi também quantificada usando marcação TUNEL e, mais uma vez, a apoptose foi menor nos animais TRAIL deficientes.
No modelo de peritonite, induzida pelo zymozan, foi identificada uma significante diminuição da porcentagem de PMNs apoptóticos após 24 e 48hs no animal TRAIL deficiente. Em experimentos in vivo, 6hs após o tratamento com zymozan, foi injetado TRAIL exógeno e, após 24hs, o número de PMNs e contagens da apoptose foram acessados. O tratamento com TRAIL, levou à diminuição do número de PMNs e porcentagens de células apoptóticas em animais TRAIL deficientes e WT. Esses dados demonstram que TRAIL é responsável pela indução de apoptose dos PMNs, contribuindo para a resolução da inflamação e, além disso, sugere que TRAIL pode ser utilizado no tratamento da inflamação pulmonar e sistêmica.
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