quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Role of chemokines in regulation of immunity against leishmaniasis



Post de Marcia Weber Carneiro (LIP-CPqGM/FIOCRUZ)



ResearchBlogging.orgA imunidade para Leishmania depende do recrutamento celular e uma resposta celular efetiva no sítio de infecção para seu sucesso. As quimiocinas têm papel essencial neste processo. A revisão de Oghumu et al. destaca os conhecimentos obtidos, até o momento, sobre o papel das quimiocinas e seus receptores na modulação da leishmaniose, tanto em modelo experimental quanto no homem. Já se sabe que o protozoário é capaz de alterar o perfil de quimiocinas no seu hospedeiro com o objetivo de facilitar o seu estabelecimento.

As quimiocinas são citocinas quimiotáticas que coordenam o recrutamento de leucócitos envolvidos na homeostase e na resposta imune inata e adaptativa. São polipeptídios de 67 a 127 resíduos de aminoácidos (1). Elas agem através da ligação com seu receptor, que são proteínas G acopladas com sete domínios transmembrana, desencadeando vários caminhos de sinalização intracelular como ativação de integrina e migração celular, além de regular a diferenciação celular (2,3).

No modelo experimental de Leishmaniose Cutânea Localizada, foi demonstrado um aumento na expressão de CCL7, que atrai células do tipo Th2 (4); além de CXCL8, MIP-2 e KC, que atraem neutrófilos (5,6). Já na LCL humana, que pode curar espontaneamente, é observada, nas lesões, a presença de CCL2, CXCL9 e CXCL10. Estas quimiocinas estão associadas com infiltrado de macrófagos e células T CD4+. Por outro lado, nas lesões pacientes com Leishmania Cutânea Difusa, há predomínio de uma resposta Th2 devido ao aumento da expressão de CCL3 (7). Na figura abaixo, autores fizeram um resumo das principais quimiocinas que atuam na pele e no linfonodo do hospedeiro, após a infecção por Leishmania.

Assim, os autores concluem que a complexa resposta imunológica para esta doença inclui papel importante das quimiocinas e seus receptores. As novas abordagens terapêuticas que levam em conta estas moléculas tornaram-se um campo promissor.

Referências

  1. Moser, B., Willimann, K., 2004. Chemokines: role in inflammation and immune surveillance. Annals of the Rheumatic Diseases 63 (Suppl. 2), ii84–ii89.
  2. Viola, A., Luster, A.D., 2008. Chemokines and their receptors: drug targets in immunity and inammation. Annual Review of Pharmacology and Toxicology 48, 171–197.
  3. Gu, L., Tseng, S., Horner, R.M., Tam, C., Loda, M., Rollins, B.J., 2000. Control of TH2 polarization by the chemokine monocyte chemoattractant protein-1. Nature 404, 407–411.
  4. Katzman, S.D., Fowell, D.J., 2008. Pathogen-imposed skewing of mouse chemokine and cytokine expression at the infected tissue site. The Journal of Clinical Investigation 118, 801–811.
  5. Badolato, R., Sacks, D.L., Savoia, D., Musso, T., 1996. Leishmania major: infection of human monocytes induces expression of IL-8 and MCAF. Experimental Parasitology 82, 21–26.
  6. Muller, K., van Zandbergen, G., Hansen, B., Laufs, H., Jahnke, N., Solbach, W., Laskay, T., 2001. Chemokines, natural killer cells and granulocytes in the early course of Leishmania major infection in mice. Medical Microbiology and Immunology 190, 73–76.
  7. Ritter, U., Korner, H., 2002. Divergent expression of inflammatory dermal chemokines in cutaneous leishmaniasis. Parasite Immunology 24, 295–301.




Oghumu, S., Lezama-Dávila, C., Isaac-Márquez, A., & Satoskar, A. (2010). Role of chemokines in regulation of immunity against leishmaniasis Experimental Parasitology, 126 (3), 389-396 DOI: 10.1016/j.exppara.2010.02.010

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