sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ministério da Saúde quadruplica valor para pesquisa em Saúde


CIÊNCIA E TECNOLOGIA (do site do MS aqui)

Ministério quadruplica valor para pesquisa em Saúde

O total de R$ 1,5 bilhão será investido em projetos científicos e ampliação do parque tecnológico nos próximos quatro anos

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que a pasta aumentará em quase quatro vezes o valor investido na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação do setor nos próximos quatro anos. Durante o I Encontro com a Comunidade Científica, realizado nesta quinta-feira (8), em Brasília, foi apresentado o plano de investimento, que soma R$ 1,5 bilhão nos próximos quatro anos – R$ 350 milhões por ano. Os recursos serão aplicados em ações estratégicas, definidas de acordo o conjunto de temas prioritários contidos no Plano Plurianual 2012-2015, que alinham a pesquisa nacional às necessidades de saúde do país.

"No momento em que o Ministério da Saúde tem como meta a ampliação do acesso com qualidade a todos os brasileiros, é fundamental o fortalecimento de iniciativas pela pesquisa, desenvolvimento e inovação em saúde", disse o ministro. Nos últimos quatro anos, o Ministério da Saúde aplicou R$ 400 milhões – o equivalente a 53% de todo o recurso investido no setor no Brasil. Para ele, o país passa a ter capacidade para pensar o futuro, apostando em uma agenda que coloca o país em outro patamar no mundo. "Produzir novas alternativas de tratamento é decisivo para que nosso país seja rico", complementou.

Duas outras medidas lançadas durante o evento prometem acelerar tanto o processo de aprovação de testes com novos medicamentos envolvendo seres humanos no País, quanto a publicação de artigos de pesquisadores brasileiros. São duas plataformas que vão reunir projetos de pesquisa e ensaios clínicos em ambientes informatizados online: a Plataforma Brasil e o Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (Rebec).

Ainda, durante o evento, foi lançado um curso para o uso racional de medicamentos, que vai qualificar os profissionais de saúde do SUS na assistência aos pacientes. Paralelamente, uma pesquisa em 35 mil domicílios do país vai levantar como o brasileiro tem acesso aos produtos, adere ao tratamento, usa e descarta os medicamentos. Terá início nesse ano e será concluída em 2013.
Até este ano, a agenda de pesquisa existente era muito ampla – havia 838 linhas de pesquisa em todas as áreas do conhecimento – e não definia prioridades. Agora, foram eleitas como prioritárias 151 (40 já em andamento) sob o guarda-chuva de 16 objetivos. A Agenda de Pesquisas Estratégicas para o Sistema de Saúde (Pess), possui eixos como Complexo Produtivo Nacional, Modelo e Instrumentos de Gestão, Atenção Básica e Atenção Especializada, Vigilância em saúde, Rede Cegonha, Rede de Urgência e Emergência, Saúde Mental Qualificação dos profissionais e trabalhadores de saúde, Assistência Farmacêutica, Regulação e fiscalização da Saúde e Erradicação da extrema pobreza no país.

Para identificar as prioridades de cada região do país e definir os temas prioritários e o local onde seriam desenvolvidas as pesquisas, o Ministério da Saúde realizou um mapeamento das demandas. Atualmente, 56,4% do total de recursos do Ministério da Saúde estão concentrados nas dez maiores instituições do país, localizadas principalmente na região Sudeste. As instituições com maior número de propostas de pesquisa e diversidades de atuação são, nessa ordem: Fiocruz, USP, UFRJ, PUC, UFMG, UFBA, UFRGS e UFC.

Nos últimos 8 anos, 4.314 projetos foram fomentados pelo governo federal, o que inclui 580 instituições, 1.753 dissertações de mestrado, 931 teses de doutorado e 35 pesquisas com pedidos de patente.
Barbara Semerene
Agência Saúde
 
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