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Post de Theolis Bessa
Um estudo publicado na Morbidity & Mortality Weekly Report e comentado hoje na Medscape News mostra que, na ausência de obrigatoriedade da vacinação, menos de 60% dos profissionais de saúde tomam a vacina contra Influenza ainda que seja oferecida no local de trabalho, contra 98% dos indivíduos que são requisitados a tomar a vacina pelo empregador. Fatores como receber uma recomendação do empregador para se vacinar, receber um lembrete sobre a vacina e disponibilidade da vacinação por mais de um dia foram associados ao aumneto da adesão à vacinação, sendo estes últimos associados independentemente de outras variáveis em uma análise de regressão logística multivariada.
Mais interessante é a grande diferença de atitudes e crenças em relação à vacina, quando se comparam os indivíduos que se vacinaram com os que não se vacinaram: mais de metade dos não vacinados contra menos de 10% dos vacinados não acredita que a vacina contra Influenza cause benefício ou seja capaz de proteger as pessoas com quem se entra em contato. Cerca de 70% dos não vacinados acredita que a Influenza não constitui risco sério para a sua saúde.
A partir destes dados, torna-se claro que se tem muito a fazer em relação a educação de profissionais de saúde para a prevenção de doenças. Talvez o mais difícil seja trabalhar a dissociação entre a informação técnica recebida e a própria "filosofia de risco". Ou obrigar seja a melhor forma de prevenir a disseminação de doenças em nível nosocomial?
Referência:
Centers for Disease Control and Prevention (CDC) (2011). Influenza vaccination coverage among health-care personnel - United States, 2010-11 influenza season MMWR Morb Mortal Wkly Rep. : 21849963
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