Post de Sérgio Arruda
É sabido que as mulheres tem mais cuidado e carinho com as mãos do que os homens. Das mais as menos vaidosas, todas de vez em quando vão a manicure para cuidar das unhas e muitas usam creme para deixar as mãos macias. Já os homens não dão grande importância para as mãos.
Sabidamente as mãos são importantes para ambos os gêneros e nosso progresso evolutivo como espécie dependeu muito do uso da mãos, homo habilis.
Dependendo das mãos para quase tudo (trabalhar, comer, e etc) consequentemente as mãos são grandes carreadores de sujeira (bactérias, vírus etc) e transmissão de doenças.
Lavar as mãos é o melhor indicador de higiene pessoal, mesmo médicos precisam ser lembrados de lavar as mãos. Veja artigo. ROTTER M L. Hand washing and hand disinfection. In: MAYHALL C G. Hospital epidemiology and infection control. Williams & Wilkins. Baltimore. 1996; 1054- 69.
Mas afinal quantos tipos de bactérias temos nas mãos e quem tem as mãos menos contaminada. Os homens ou as mulheres?
A resposta já foi publicado no PNAS The influence of sex, handedness, and washing on the diversity of hand surface bacteria
Resumo do artigo:
Bacteria thrive on and within the human body. One of the largest human-associated microbial habitats is the skin surface, which harbors large numbers of bacteria that can have important effects on health. We examined the palmar surfaces of the dominant and nondominant hands of 51 healthy young adult volunteers to characterize bacterial diversity on hands and to assess its variabil- ity within and between individuals. We used a novel pyrosequencing-based method that allowed us to survey hand surface bacterial communities at an unprecedented level of detail. The diversity of skin-associated bacterial communities was surprisingly high; a typical hand surface harbored >150 unique species-level bacterial phylotypes, and we identified a total of 4,742 unique phylotypes across all of the hands examined. Although there was a core set of bacterial taxa commonly found on the palm surface, we observed
pronounced intra- and interpersonal variation in bacterial community composition: hands from the same individual shared only 17% of their phylotypes, with different individuals sharing only 13%. Women had significantly higher diversity than men, and community composition was significantly affected by handedness, time since last hand washing, and an individual’s sex. The variation within and between individuals in microbial ecology illustrated by this study emphasizes the challenges inherent in defining what constitutes a ‘‘healthy’’ bacterial community; addressing these
challenges will be critical for the International Human Microbiome Project.
Outro artigo publicado na Science desta semana traz de novo o tema sobre microrganismos encontrados na pele. Neste não compara as diferenças entre gêneros, mas assusta pelo grande quantidade de microrganismos encontrados. Topographical and Temporal Diversity of the Human Skin Microbiome.
Conclusão.
Diferenças de gênero à parte, todos devemos lavar as mãos com mais freqüência. Se quiser adicionar algum anti-séptico, álcool 70% ou gel tem sido o mais usado em hospitais, mas a remoção mecânica através da lavagem freqüente das mãos parece ser mais eficiente.
TIPOS DE ANTI-SÉPTICOS
ÁLCOOL(60% A 90%): etílico, n-propílico, isopropílico
GLUCONATO DE CLOROHEXIDINA (0,5% c/álcool; 2%; 4%)
IODO E IODÓFOROS (0,05%... 10%; 2%)