Temos dois “eus” em relação à felicidade. Um eu da experiência e um eu da memória e os dois poucas vezes concordam em relação à sensação de bem estar.
Vejam uma palestra (TED, of course) de Daniel Kahneman, um psicólogo que ganhou o Nobel de Economia em 2002 (mais sobre ele abaixo, do site do TED). Os exemplos variam de férias à memória dolorosa em colonoscopia e são bem convincentes.
“Daniel Kahneman is an eminence grise for the Freakonomics crowd. In the mid-1970s, with his collaborator Amos Tversky, he was among the first academics to pick apart exactly why we make "wrong" decisions. In their 1979 paper on prospect theory, Kahneman and Tversky examined a simple problem of economic risk. And rather than stating the optimal, rational answer, as an economist of the time might have, they quantified how most real people, consistently, make a less-rational choice. Their work treated economics not as a perfect or self-correcting machine, but as a system prey to quirks of human perception. The field of behavioral economics was born. Kahneman was awarded the Nobel Memorial prize in 2002 for his work with Tversky”
Prezado Barral,
ResponderExcluirMuito obrigado pela excelente conferência de Kahneman. Ela está plena de alusões ao que nós, terapeutas cognitivos, denominamos de distorções cognitivas.
Recentemente desenvolvi uma abordagem psicoterápica, com inspiração em Kafka, mais precisamente, no "Processo", que tenta equilibrar esses diferentes personagens internos? Está começando a ter alguma aceitação internacional e devo apresentá-la no congresso mundial de terapia cognitiva em Boston agora em junho. A abordagem consiste em a pessoa ser treinada para gradativamente passar a desenvolver um consenso entre esses dois eus (ambos são úteis). De modo geral, as pessoas tendem a desconhecer completamente um deles que passa a dominar em detrimento do outro. Quem tiver interesse em conhecer um pouco mais é só ler o artigo publicado (http://www.scielo.br/pdf/rbp/v30n1/a03v30n1.pdf).
Abraço,
Irismar.