Publicado originalmente no Blog da SBI.
Um artigo recente do The Lancet levanta esta questão (Is there an ethical obligation to complete polio eradication? doi:10.1016/S0140-6736(10)60565-X).
Claudia Emerson e Peter Singer comentam sobre o debate entre as posições de erradicação e de “controle efetivo”. Vários grupos têm se posicionado contra a erradicação. Seus argumentos são baseados em análise de risco e benefício, o equilibrio entre o bem individual e o coletivo, o consentimento esclarecido etc.
Quais os argumentos éticos a favor da erradicação? Segundo os autores, eles têm sido pouco divulgados e eles propõem:
A falta de erradicação resulta em dano e é uma obrigação moral evitar o dano prevenível;
A completa erradicação poupa as futuras gerações dos danos associados à poliomielite;
Já há um compromisso moral reconhecido de expandir a saúde pública como um bem público global.
O texto expande nestes tópicos e traz muitos pontos relevantes. Vale a pena a leitura. Afinal, vacina é um dos grandes avanços resultantes do conhecimento imunológico. Discutir o tema de vacina pressupõe algo para além do estímulo do sistema imune.
Emerson, C., & Singer, P. (2010). Is there an ethical obligation to complete polio eradication? The Lancet, 375 (9723), 1340-1341 DOI: 10.1016/S0140-6736(10)60565-X
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