Este post trata do desempenho da UFBA, a maior e mais antiga universidade na Bahia, na avaliação feita pelo MEC através do cálculo do Índice Geral de Cursos (IGC; abaixo há um texto do INEP sobre o cálculo do IGC). No dia 13 de março passado, a imprensa divulgou os resultados de uma ampla revisão feita pelo INEP nos IGC calculados anteriormente, chamando de novo a atenção para o problema.
A UFBA tem se situado em torno no 350 lugar no cômputo geral e exibiu uma piora no desempenho nas avaliações divulgadas. Ainda é mais grave o fato das universidades estaduais paulistas não participarem da avaliação. Caso participassem, esperar-se-ia que a UFBA estivesse em torno do 400 posto.
Não é uma situação apropriada nem para sua história nem para o futuro da Bahia. Agrava a situação o fato da posição relativa da UFBA não demonstrar melhora. Pelo que tem sido divulgado internamente, esperava que a posição da UFBA fosse bem mais expressiva.
Realmente será necessário um esforço importante de diversos segmentos da sociedade baiana para promover a melhora do ensino superior na Bahia. A ciência e tecnologia são fundamentais para o desenvolvimento e o sistema educacional é responsável pela formação de doutores. Os índices educacionais da Bahia são péssimos na sua comparação com outros estados e isto ainda é mais grave quando sabemos que o desempenho do Brasil é baixo internacionalmente. Todo o sistema educacional da Bahia precisa ser melhorado vigorosamente.
O que o IGC parece indicar é que a UFBA não aproveitou adequadamente a grande expansão promovida no ensino superior brasileiro durante o governo Lula. Para evitar a síndrome de Fitzcarraldo, é importante discutir como reverter a situação. A época de campanha para novo Reitor deve motivar reflexões profundas.
“Índice Geral de Cursos (IGC)
O Índice Geral de Cursos (IGC) é uma média ponderada dos conceitos dos cursos de graduação e pós-graduação da instituição. Para ponderar os conceitos, utiliza-se a distribuição dos alunos da IES entre os diferentes níveis de ensino (graduação, mestrado e doutorado). O IGC será utilizado, entre outros elementos e instrumentos, como referencial orientador das comissões de avaliação institucional.
O conceito da graduação é calculado com base nos Conceitos Preliminares de Cursos (CPC) e o conceito da pós-graduação é calculado a partir de uma conversão dos conceitos fixados pela CAPES.
Vale dizer que nas instituições sem cursos ou programas de pós-graduação avaliados pela CAPES, o IGC é simplesmente a média ponderada dos cursos de graduação.
Para a ponderação das matrículas da graduação, são utilizados dados dos Censos da Educação Superior. Para ponderação da pós-graduação, são utilizados os dados de matrículas da CAPES.”
Isso é vergonhoso. A UFBA caiu no descaso. E isso não é de hoje. O engraçado nesse contexto é a briga pelo "poder" entre diversos setores dentro dos cursos de graduação desta Universidade. Brigam por que? E para que? Para estampar seus nomes na vergonhosa posição da instituição frente as demais no Brasil? Eu hein! Bem todo mundo sabe de tudo e de todos os envolvidos. Se continuamos assim, é porque gostamos disso. Para onde jogamos a pedra? Já estou com uma na mão...
ResponderExcluirCaos. A história se repete. Uma minoria faz quase tudo e uma maioria está apenas interessada no emprego que a "viúva" oferece. Apesar das listas de desempenho tentarem refletir a situação das universidades, estas não apontam para a ferida real das IFES. Sabemos que há ilhas de execelência pulverizadas nas IFES e as mãos atadas (ex.: estabilidade) não permitem que toquemos no calcanhar de Aquiles. Cabeças devem rolar para uma mudança vigorosa no ensino?
ResponderExcluirAndre.
Gostaria de relatar minha experiência atual como aluno do curso de zootecnia.
ResponderExcluirEm uma disciplina que curso, existe somente outros 8 alunos matriculados.
Quase diariamente deparo com barbaridades ensinadas pelos professores:
Íon hidratado; ordem de grandeza intracelular - Primeiro vem os aminoácidos, depois enzimas depois proteínas... E mil outras. O que mais me preocupa é que os poucos alunos anotam tudo com muita atenção.
Vejo que o problema está na educação de base. Os alunos do ensino médio e fundamental deveriam ter mais oportunidades para aprender o básico.
Jogue a sua pedra na nossa falta de educação!!
Nada mais do que o previsto. Muito embora, bastante distante do necessário e da propaganda enganosa.....
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