Differences in human macrophage receptor usage, lysosomal fusion kinetics and survival between logarithmic and metacyclic Leishmania infantum chagasi promastigotes
A Leishmania infantum chagasi (Lic) é um parasita intracelular obrigatório que é fagocitado por macrófagos. Alguns receptores estão envolvidos neste processo como o terceiro receptor do complemento (CR3) e o receptor de manose (MR). Existem evidências que, ao se ligar a estes receptores, o parasito não ativa a via clássica dos macrófagos, podendo então sobreviver dentro da célula. No presente trabalho, os autores buscam comparar os mecanismos de entrada e os caminhos de tráfico intracelular entre as formas estacionárias e metacíclicas. Para isso, eles infectam macrófagos derivados de monócitos humano (MDM) com promastigotas metacíclicas ou com promastigotas estacionárias. Em diferentes tempos, eles utilizam microscopia confocal para análises. Primeiramente, eles demonstram que promastigotas metacíclicas e estacionárias entram nos MDMs pelo CR3, porém apenas os estacionários entram através de vacúolos contendo MR. Outro trabalho reportou que Lic entra nos MDMs via caveolina, que são microdomínios de membranas ricos em colesterol responsáveis por atrasar a fusão de lisossomos. Assim, os autores evidenciaram que promastigotas metacíclicas colocalizam-se com a caveolina e não acumulam proteína de membrana associadas a lisossomos (LAMP-1) no inicio da infecção, enquanto as promastigotas estacionárias sim. Os MDMs fagocitaram um número muito maior de promastigotas estacionárias, porém as metacíclicas replicaram intracelularmente com maior eficiência. Assim, estes resultados sugerem que promastigotas metacíclicas não se ligam a MR e entram por um caminho que potencializa sua sobrevivência na célula. Portanto, este trabalho elucida caminhos e mecanismos utilizados pelo parasita para infecção que podem ser alvos para terapias. Pra mim, este trabalho chama atenção para os experimentos in vitro. Uma vez que há diferenças importantes na Leishmania metacíclica ou estacionária, até que ponto podemos utilizar as culturas com resultados plausíveis.
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