Ao provar o seu vinho você sente aromas e sabores de frutas vermelhas? couro? terra molhada? ....
e de solo do atol de Bikini com carbono radioativo?
Não se apavore, o carbono radioativo está mesmo presente no vinho, porém em concentrações inócuas. Desde as últimas explosões atômicas realizadas na atmosfera é possível detectar o “pulso” atômico na composição dos vinhos.
Sem fazer mal à saúde, o “pulso” permite realizar datações precisas do vinho o que combate a fraude. Estima-se que cerca de 5% dos vinhos de colecionador podem ser representados por vinhos comuns (ordinaire) vendidos fraudulentamente como vinhos de topo de linha. Para ter uma idéia do potencial da fraude imagine que uma caixa de Chateau Lafite Rothschild 1982 foi vendida recentemente por mais de £25,000 (cerca de R$ 67 mil).
Lógico que não vão fraudar os vinhos comuns que posso comprar, por falta de apelo econômico, mas o “pulso” estaria ali para me defender. Mesmo se você, como eu, não está sujeito à fraude na compra de vinhos, vale a pena ler o artigo How atom bomb tests could help detect wine fraud, do Guardian de 21 de março último.
Será que poderíamos entao enganar ao teste do C14 com um sangue de boi, ou um chapinha safra 1982 (no caso do Chateau Lafite Rothschild)? O grande problema, além da diferença no paladar (gosto de guarda-chuva guardado molhado), é a ressaca que vem depois...
ResponderExcluirNum vai demorar aparecer adega com contador Geiger!
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