segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Seleção natural Darwiniana em robôs.



No dia 26 de janeiro, a PLoS Biology publicou o ensaio “Evolution of Adaptive Behaviour in Robots by Means of Darwinian Selection”.  A minha surpresa ao ler sobre a investigação de comportamento de robôs usando os conceitos de seleção natural só foi superada pelo reconhecimento da minha ignorância no tema. Há vários estudos, e já há algum tempo, sobre isto. No trabalho são revistos vários trabalhos do próprio grupo, no Laboratory of Intelligent Systems, Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne e no Department of Ecology and Evolution, University of Lausanne, mas também estudos de outros grupos no tema de evolução experimental em robôs.
Os autores mostram que o processo de seleção natural leva à evolução de características complexas como o de comportamentos adaptativos. Em poucas centenas de gerações há o desenvolvimento de movimento sem colisões, endereçamento (homing), estratégias complexas de predator vs presa, coadaptação de cérebros e corpos, cooperação e mesmo altruísmo. Isto ocorre, via seleção, em robôs controlados por redes neurais simples, as quais mudam randomicamente.
Fico até pensando se eu li este artigo certo, ou se estou fazendo confusão. Será que estes são os robôs que eu estou pensando? (nas figuras do artigo - uma ilustra o post - os robôs até parecem menos sofisticados do que eu esperava para os comportamentos descritos) Caso seja, precisamos estar mais atentos ao tema. Nem posso dizer se fiquei mais entusiasmado ou preocupado com os dados do artigo.
Darwin teria imaginado algo assim há cerca de 200 anos?

Floreano, D., & Keller, L. (2010). Evolution of Adaptive Behaviour in Robots by Means of Darwinian Selection PLoS Biology, 8 (1) DOI: 10.1371/journal.pbio.1000292
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