quarta-feira, 10 de março de 2010

CNPq concede reajuste e amplia o número de bolsas


Da Assessoria de Comunicação Social do CNPq
O anúncio foi feito ontem (09/03) pelo presidente do CNPq, Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho, durante reunião da Diretoria Executiva da agência. O reajuste médio foi da ordem de 21%, com destaque para a bolsa de pós-doutorado, que passou de R$ 2.218,56 para R$ 3.200,00, um acréscimo de 44% (ver tabela abaixo). As bolsas de Iniciação Científica (IC) foram as mais beneficiadas no quantitativo: passaram de 29 para 43 mil, um incremento substancial de 14 mil bolsas, ou cerca de 48%.
Aragão disse que o CNPq trabalha este ano com um cenário de 90 mil bolsas, incluindo todas as modalidades. Atualmente são cerca de 72 mil. Contribuirão também para esse aumento as novas concessões, a partir deste mês, de bolsas de Produtividade em Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico – que passarão das atuais cerca de 12 mil para mais de 14 mil – e de mestrado e doutorado, com 1.800 novas concessões.
Nem todas as modalidades de bolsas tiveram seus valores reajustados. Segundo o presidente do CNPq, foram contempladas agora apenas aquelas que não tiveram reajustes na última revisão dos valores, feita em 2008, caso das bolsas de Iniciação Científica, Apoio Técnico, Pós-Doutorado, Pós-Doutorado Sênior e Produtividade em Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico.
O incremento no número das bolsas de Iniciação Científica se dá em um momento em que o país dedica especial atenção ao setor de ciência, tecnologia e inovação, que este ano foi contemplado com o maior orçamento federal de sua história, mais de R$ 7 bilhões. As bolsas de IC têm papel estratégico na formação de pesquisadores qualificados, pois são com elas que os professores procuram d espertar vocação científica e incentivar novos talentos potenciais entre estudantes de graduação e ensino médio. Estudos já comprovaram que o estudante que é iniciado muito cedo no mundo da ciência reduz o tempo de titulação no mestrado e doutorado.
As bolsas de IC contemplam três categorias de estudantes: de graduação universitária, mediante participação em projeto de pesquisa, orientados por pesquisador qualificado (PIBIC); de estudantes do ensino técnico e superior para o desenvolvimento e transferência de novas tecnologias e inovação (PIBITI); e de estudantes do ensino fundamental, médio e profissional da Rede Pública, mediante sua participação em atividades de pesquisa científica ou tecnológica, orientadas por pesquisador qualificado em instituições de ensino superior ou institutos/centros de pesquisas (IC Júnior). Para conhecer todas as modalidades de bolsas do CNPq acesse http://www.cnpq.br/bolsas/index.htm .
QUADRO DE REAJUSTE DAS BOLSAS
A partir de 01/março/2010
MODALIDADE
DE
PARA
% REAJUSTE
IC e PIBITI
300,00
360,00
20%
Apoio Técnico - NS
483,01
550,00
14%
Apoio Técnico - NM
300,00
400,00
33%
Pós-Doutorado
2.218,56
3.200,00
44%
Pós-Doutorado Sênior
3.000,00
4.000,00
33%
PQ-1A
1.254,00
1.500,00
20%
PQ-1B
1.185,00
1.400,00
18%
PQ-1C
1.116,00
1.300,00
16%
PQ-1D
1.011,00
1.200,00
19%
PQ-2
976,00
1.100,00
13%
DT-1A
1.254,00
1.500,00
20%
DT-1B
1.185,00
1.400,00
18%
DT-1C
1.116,00
1.300,00
16%
DT-1D
1.011,00
1.200,00
19%
DT-2
976,00
1.100,00
13%

3 comentários:

  1. Aproveitando esse momento positivo de reajuste e aumento das bolsas e ainda a proximidade do dia internacional da mulher, vou colocar algo para a estimular a discussão. Existem diferenças que deveriam ser levadas em conta nos critérios de concessão das bolsas de produtividade. Tenho um exemplo excelente aqui na UnB onde um jovem casal de professores, teve 2 filhos nos últimos 4 anos. Ambos são pesquisadores. O marido consegue a bolsa de PQ. Claro, sua vida científica não sofreu maiores "danos". A esposa teve que parar sua carreira por conta dos filhos. Bolsa de PQ para ela nem pensar. A avaliação deveria levar em conta essas sutilezas no momento da concessão das bolsas. Quem sabe reservar certa porcentagem para mulheres, mantendo uma boa proporção na distribuição entre homens e mulheres talvez. O que os leitores (e o autor) do blog acham? Acho que vou levantar essa bandeira...

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  2. Cecília,
    Concordo que o aspecto levantado por você deve ser considerado. Por outro lado, como resolver a situação não é simples.
    O assunto é complexo e criar quotas para cada situação tem problemas. Afinal ficaria quase impossível distribuir bolsas e recursos levando em conta tantos aspectos.
    De todo modo, creio que a discussão é importante e deve ser levantada.

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  3. O que vocês acham se bolsas de produtividade (ou outras como ICs, M, D, PD) fossem atreladas a projetos aprovados? Abços, André.

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